IMG-20220727-WA0046

Foto: Divulgação

O suboficial Wagner Coelho vem lutando contra a lei desde 2019, cobrando alterações que prejudicam os pensionistas e militares das forças armadas

 

A Lei 13.954/19 beneficia oficiais com patentes mais altas causando prejuízos para todos os outros militares, a lei tem o objetivo de estabelecer o sistema de proteção social dos militares e seus pensionistas e promover uma reestruturação da carreira militar implementando aumentos percentuais para militares que tivessem realizado algum curso classificado como “altos estudos” no qual apenas oficiais de alta patente e alguns praças da ativa que cumpra alguns requisitos tem acesso.

Foto: Divulgação

“Passaram 31 meses, desde a aprovação da lei 13.954/19, até o dia de hoje nós praças da reserva, inativos, ativos, pensionistas, ex-combatentes e reservistas somos prejudicados com a medida elaborada pela equipe do MD, defendida de forma desleal pelos deputados federais atuais (principalmente os apoiadores da base do governo), chegamos em dezembro de 2019 ao senado federal onde após inúmeras solicitações feitas por nós graduados da reserva que estivemos numa luta incansável em Brasília durante a tramitação da PL 1645, conseguimos junto a alguns senadores como Izalci Lucas, Major Olímpio e Marcos do Val. Destacando o ex-senador da república Major Olímpio que faleceu este ano por complicações da covid-19, pois esteve conosco na manifestação em Brasília nos dias 20,21 e 22 de outubro passado, sendo incisivo até onde pôde nas cobranças de um acordo firmado entre o líder do governo, Senador Fernando Bezerra e General Ramos, onde a palavra empenhada por estes “homens” não foi honrada e sequer cumprida. O acordo apesar de não ter sido escrito foi registrado pela mídia e acreditava-se que por ter sido feito dentro de uma casa legislativa de importância ao país e acreditamos na época que estaríamos amparados pela legalidade e justiça por parte de “nossos representantes” e ao final foi enviada para a “canetada presidencial” que deu seu aval para esta injustiça que trouxe insatisfação, descaso, decepções e distorções para as categorias acima citadas. A maldita lei 13.954, imposta pelos nossos superiores, é passada ao público como reestruturação de carreira baseado na implantação do reconhecimento da “meritocracia”. A população civil nos rotula como beneficiados no atual governo e sabemos que isso não é verdade, pois somente as altas patentes foram agraciadas.
Ficam as perguntas: reestruturação tem a ver com gratificações? Reestruturação não seria mais adequado acertar os interstícios dos postos e graduações? A paridade entre as 3 forças (me atrevo a citar também as forças auxiliares)? Falando sobre meritocracia, só agora pensaram nisso? Os nossos antepassados, nós veteranos, os ex-combatentes e uma grande parcela da ativa que não serão contemplados, pois existe uma meta a ser cumprida (sempre discutimos em Brasília, será que não haverá brechas para aumentos salariais de graduados por portaria)? Não fazemos jus à meritocracia? Outra pergunta será que havendo integralidade, paridade e isonomia dentro das classes e forças, a desculpa da implementação do reconhecimento e atrativos as gerações futuras não poderia ser baseada no respeito, dignidade e profissionalismo para todos?
Vejo hoje uma parcela de graduados e pensionistas defendendo que o governo acertou o salário de seus generais enquanto nós como “patriotas” devemos nos acomodar e aguardar com paciência, pois quem sabe “caia um qualquer” antes do fim do mandato. Vejo ainda veteranos e pensionistas no desespero pedindo a suspensão de consignados como se isso fosse à solução de seus problemas, sem perceber que isso possa ser um tiro de misericórdia no futuro incerto onde a inflação está a cada dia deteriorando nosso orçamento, não seria isso uma prorrogação de sofrimento?
Não podemos viver no conformismo, no jeitinho, como gambiarras nas mãos dos nossos algozes, não adianta reclamar apenas, temos que tomar postura, atitude, tem que ser na prática, seremos pisados até quando? Seremos reféns dessa injustiça até quando? Acordem para a realidade, precisamos ter representatividade no congresso de início e depois quem sabe senado? Temos que mostrar nossos valores.
Tem gente vivendo como aquela história, onde num temporal a casa começa a gotejar e uma simples panela resolve a situação ao invés de reparar o telhado. Pensem nisso!”, lembrou o pré-candidato a deputado federal Wagner Coelho.

Wagner Coelho na Audiência pública no Congresso Nacional em Brasília 2019

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *