Ação em Ricardo de Albuquerque

Ação em Ricardo de Albuquerque. Foto/Divulgação

Águas do Rio começa a instalar válvulas para controlar a pressão das tubulações e evitar desperdício. Perdas chegam a 19 bilhões de litros de água por mês

Gerir melhor a água no sistema de abastecimento para levá-la a locais com problemas históricos de desabastecimento. Esse é o objetivo do Programa de Regularização do Abastecimento da Águas do Rio, que nesta quinta-feira, 25, inicia a implantação de 266 válvulas inteligentes em pontos estratégicos de sua extensa rede de fornecimento de água. Os equipamentos vão separar as tubulações em trechos menores, além de monitorar e ajustar automaticamente o fluxo de água de acordo com a demanda específica de cada região. A tecnologia é inédita na concessão, e o cronograma de obras vai até novembro deste ano.

Com a instalação das válvulas, será possível direcionar a água de maneira homogênea para toda a população da Região Metropolitana, além de reduzir vazamentos causados pela alta pressão nas tubulações. Atualmente, a perda mensal estimada pela concessionária é de 19 bilhões de litros de água somente na sua área de atuação. Esse volume colossal poderia abastecer cerca de 4 milhões de pessoas, o equivalente, em média, a um milhão de residências.

“Quando conseguirmos direcionar a água e reduzir os excedentes de pressão, vazamentos históricos serão reduzidos, e resolveremos parte dos problemas crônicos de abastecimento, como na Baixada Fluminense. Nossa missão é cuidar das pessoas, garantindo água tratada de forma regular para todos, proporcionando mais qualidade de vida e dignidade a milhões de pessoas”, afirmou o presidente da Águas do Rio, Anselmo Leal.

Foto/Divulgação

Assim como um diafragma de uma câmera, que abre e fecha de acordo com a luz, as válvulas também se ajustam automaticamente conforme a demanda de água da região e também consegue identificar padrões. Além de reduzir os vazamentos por conta da alta pressão, os equipamentos ajustam o fluxo da água em casos onde a pressão está baixa e causando desabastecimentos.

Toda essa tecnologia permitirá um controle e monitoramento automático dos equipamentos, 24 horas por dia, a partir do Centro de Operações Integradas (COI) da Águas do Rio, que fica na sede da concessionária, na Praça Mauá, na Zona Portuária carioca.

Serviço começa na Zona Norte

O primeiro serviço será a instalação de uma válvula em uma tubulação de grande porte que passa pela Rua Aripua, no bairro de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte da capital.

Para que a intervenção aconteça, a partir das 6h e ao longo do dia, será necessário suspender o fornecimento de água em Acari, Anchieta, Coelho Neto, Colégio, Cordovil, Irajá (partes), Jardim América, Parada de Lucas, Parque Anchieta, Pavuna, Ricardo de Albuquerque, Vaz Lobo, Vicente de Carvalho e Vigário Geral.

Mais de 3 bilhões de litros deixaram de ser desperdiçados por mês

A instalação das válvulas faz parte do Programa de Regularização do Abastecimento, que tem uma série de ações voltadas para reduzir o desperdício de água tratada no sistema.

Desde que entrou em operação, a concessionária investiu R$ 2,7 bilhões em melhorias, e grande parte desse valor foi usada na implantação de tecnologia de ponta, como o uso de um satélite que acha vazamentos subterrâneos de água tratada,  o uso de geofone, a setorização de sistemas, entre outras iniciativas. Paralelamente, também são desenvolvidas ações de fiscalização de ligações clandestinas.

Desde que a Águas do Rio começou a operar, 3 bilhões de litros de água deixaram de ser desperdiçados por mês e passaram a abastecer cerca de 600 mil pessoas.

“Investir no melhor direcionamento da água significa aliviar a pressão sobre o meio ambiente, que enfrenta o desafio de fornecer cada vez mais água para uma população em constante crescimento. A Águas do Rio reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a segurança hídrica, contribuindo assim para o bem-estar de todos os cidadãos do estado”, conclui Anselmo. 

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