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Ações da Águas do Rio já evitam o desperdício de três bilhões de litros de água por mês. Investimentos no saneamento chegam a R$ 3,1 bi em dois anos e meio

Água tratada para abastecer quase 18 milhões de moradores de favelas por três anos. Esse é o volume do desperdício diário no Brasil, segundo o levantamento divulgado pelo Instituto Trata Brasil neste 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente – o estudo apontou as perdas como um dos maiores desafios a serem enfrentados pelo setor de saneamento no país. No território fluminense, a Águas do Rio vem recuperando sistemas e apostando em tecnologia de ponta para combater o problema, com investimento de R$ 3,1 bilhões em dois anos e meio. As iniciativas possibilitaram, por exemplo, que três bilhões de litros de água desperdiçados mensalmente pudessem abastecer hoje 600 mil pessoas. 

Com base no ano de 2022, o documento mostra que o índice mais recente é de 37,8% de perdas de água no país. No ano anterior, o número chegou a 40,25%. Isso mostra uma evolução, impulsionada principalmente pelo novo Marco Legal do Saneamento, que permitiu parcerias entre estados e empresas privadas. O Trata Brasil destaca que portaria do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional estipula que a meta nacional seja de 25% até 2034.

Para chegar a esse patamar, a Águas do Rio aposta na utilização de tecnologias inovadoras, como o uso de válvulas inteligentes e de um satélite, que identifica vazamentos subterrâneos de água tratada. 

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Modernidade em centro de operações

As ações são monitoradas em tempo real, no Centro de Operações Integradas (COI), que fica na Praça Mauá, sede da empresa, e é um dos mais modernos do mundo. A companhia também investe na reforma e automação das unidades operacionais.  

“O setor, em geral, está defasado em relação à adoção de tecnologias. De nossa parte, formamos um portfólio, com base em soluções bem-sucedidas em outros setores da economia e que nos permite melhorar a qualidade do atendimento prestado, reduzindo perdas e levando água para quem mais precisa”, destacou Sinval Andrade, diretor institucional da Águas do Rio, que completou:

“Herdamos uma perda de água da ordem de 65%. A meta é reduzir para 25% em dez anos, e estamos comprometidos em alcançar este objetivo, levando mais água tratada para mais pessoas, dia e noite”.

No Programa de Combate às Perdas, a concessionária está instalando 266 válvulas em pontos estratégicos de sua extensa rede de fornecimento de água, até novembro deste ano. Esses equipamentos são responsáveis por separar as tubulações em trechos menores, além de monitorar e ajustar automaticamente o fluxo de água de acordo com a demanda específica de cada região. A ação reduz a alta pressão dentro das tubulações e, por consequência, reduz a ocorrência de vazamentos.

Essa mudança de cenário é percebida na Região Metropolitana do Rio, onde moradores conviveram com problemas de abastecimento durante décadas. Um deles é Hélio Chaves, de 78 anos, de São João de Meriti: “Moro aqui há 40 anos, e muitos de nós na vizinhança tínhamos hidrômetros instalados, mas a água não subia. Agora, jorra água!”.

Moradora de São Gonçalo e líder comunitária do Largo da Ideia, Darley Campos também constatou as mudanças.

“Vim na inauguração das primeiras ligações de água, que aconteceram na escola e no posto de saúde, porque precisava ver esse momento muito importante para mim e para todos os moradores do bairro. É uma felicidade presenciar a chegada da água!”, disse Darley.

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