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Rede hoteleira e comércio comemoram bons resultados. Estimativa é de que o show gere impacto positivo de R$ 600 milhões somente na capital
A imagem das mais de 2,1 milhões de pessoas na Orla de Copacabana, na noite do megashow da cantora Lady Gaga, dá uma ideia do impacto positivo que o evento traz para a economia fluminense. A estimativa da Secretaria de Estado de Turismo (Setur-RJ) e da TurisRio é de que o evento injete R$ 600 milhões somente na Capital. Ao ritmo dos pop hits, ganham dinamismo desde as empresas de serviços especializados, como a montagem do palco, até o mais simples comércio local.
– Shows como o da Lady Gaga reforçam o papel do Estado do Rio como protagonista nos grandes eventos globais. É mais do que música: é cultura, turismo e economia em movimento. Ao atrair mais visitantes, mais serviços são contratados, o comércio se beneficia e empresas se fortalecem – afirma o governador Cláudio Castro.
O Governo do Estado destinou R$ 15 milhões, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, para o evento. O mesmo valor aportado pela Prefeitura do Rio. O evento contou com patrocínio de empresas privadas.

A rede hoteleira da cidade comemora a alta na taxa de ocupação do período, que atingiu média de 86,6%%. Segundo o portal HotéisRIO, as unidades em Ipanema e Leblon lideram o ranking com 96,45% de ocupação; seguido de Copacabana e Leme com 95,63%. Hospedados num hotel na Avenida Atlântica, o empresário de Santa Catarina, Raphael Berretta, 27, e a namorada, a arquiteta Vanessa Silva, 26, se disseram “encantados com tudo”.
– Sempre estamos a passeio no Rio, mas nunca tínhamos visto tanta organização e segurança, como agora – avaliou Raphael.
No dia seguinte ao show, a proprietária do Café e Restaurante Coffee Lido, Pâmela Negreiros era só felicidade com o resultado das vendas.
– O movimento dobrou. Recebemos tantos clientes durante a permanência da cantora no bairro que tivemos que contratar mais três garçons – comentou Pâmela.
Dono da mais antiga loja de souvenir da Av Nossa Senhora de Copacabana, Manhal Hammad, 62 anos, calcula que o comércio de camisas subiu mais de 70%, a maioria com estampas do Rio e da Lady Gaga.
– Abrimos esta loja em 1979 e, desde então, não tinha visto um movimento tão bom. Vendi todos os itens ligados à cantora. Quando se tem segurança reforçada, a economia agradece – justificou.

Faturamento de um mês, em uma noite
O casal Michele Castro, 46, e Alessandro Feliciano, 47, contou que desde o carnaval não via o movimento tão grande com as vendas na Orla de Copacabana.
– Só na noite de ontem, vendemos o que seria o estoque de um mês inteiro – ressaltou.