Sala Lilás ganha mais um meio de comunicação
A Sala Lilás, no Instituto Médico Legal de Tribobó, em São Gonçalo, ganhou um novo meio de comunicação para atender as demandas do espaço. A partir de agora, a população pode ligar para o número de telefone (21) 3715-2155, que auxiliará no atendimento direto entre a equipe da Sala com a população, além de servir como um canal que passará as informações que o local oferece. A novidade foi apresentada durante reunião entre a equipe do IML com as profissionais do Centro Especial de Orientação à Mulher (Ceom).
“Ter esse novo canal de comunicação é uma grande vitória para Sala Lilás, pois vai fazer com que as informações sejam passadas de maneira mais precisa. Percebe-se que o cuidado vai além do técnico, envolvendo o emocional da vítima e da família. Neste local se faz necessário um atendimento extremamente humanizado para que as vítimas se sintam bem acolhidas. Esse primeiro atendimento é primordial e a equipe vem desenvolvendo bem esse trabalho”, declarou Ana Cristina da Silva, subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres.
O Projeto Sala Lilás é um ambiente mais acolhedor, que presta atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar, com incidência nas violências física e sexual, que chegam ao local para realizar o exame de corpo de delito, após registrarem ocorrência nas delegacias. O objetivo é fornecer atendimento humanizado, especializado e dar suporte à vítima diante da violência que foi exposta.
Durante a visita, nesta quinta-feira (22), a Sala Lilás também recebeu a doação de brinquedos por técnicos do Ceom, que se uniram para presentear as crianças que ali são atendidas. “A maioria das crianças que chegam na Sala Lilás para ser atendidas está em vulnerabilidade social. Muitas delas são vítimas de abuso sexual. Quando elas chegam no espaço ficam encantadas quando veem os brinquedos e acaba sendo um momento de resgate da infância”, afirmou Silvia Carvalho, assistente social da Sala Lilás.
Ao longo do atendimento, o brinquedo auxilia a criança a desenvolver sua capacidade de relacionar-se e integrar-se a si mesma e às outras pessoas, permitindo que, além de brincar, demonstre seus sentimentos e ansiedades quanto ao ambiente e sua vitimização.
“Vimos a importância de restabelecer a infância nas crianças que chegam até a Sala Lilás vítimas de abuso sexual. Além disso, buscamos fortalecer o vínculo entre o Ceom e a Sala Lilás, já que fazemos parte da mesma rede”, contou Maria Bethânia Raulino, diretora do Ceom.
O IML de Tribobó atende demandas dos municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá e Rio Bonito. Os atendimentos de maior incidência na Sala Lilás são de violência física contra mulheres maiores de 18 anos e abuso sexual em crianças e adolescentes. Com uma equipe formada por assistentes sociais, enfermeiras e psicólogas, as profissionais acolhem as vítimas e, dependendo de cada caso, elas são encaminhadas para acompanhamento na rede de serviços que compõem o Sistema de Garantia de Direitos de cada município.
“O trabalho desenvolvido pela Sala Lilás é de extrema importância, pois os profissionais capacitados utilizam um método humanizado direcionado para as mulheres que chegam até o IML totalmente vulneráveis. Nossa equipe do IML está disponível para somar”, disse Marcos Santos, diretor do IML do Tribobó.