SÃO GONÇALO OFERECE UNIDADE DE ACOLHIMENTO PARA CRIANÇAS E JOVENS

Saúde, educação, moradia e convivência familiar são garantidas

Pensada para realizar acolhimento temporário para as crianças e jovens entre 10 e 17 anos que estejam em condições de vulnerabilidade social e/ou familiar em decorrência do uso de crack, álcool e outros drogas, a Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (UAI) Bem Viver, no Coelho, oferece assistência em saúde, auxílio na garantia do direito à educação, moradia e convivência familiar. O encaminhamento para a UAI é realizado pelos Centros de Atenção Psicossocial Infanto Juvenis (Capsi) do município.

A UAI funciona 24 horas, todos os dias, e conta com equipe diária: agente de cuidados, cozinheira, enfermeira, assistente social, pedagoga e coordenador. No local, além da assistência, os menores recebem alimentação e visita familiar, realizam atividades na unidade de acordo com o perfil, habilidade e necessidade de cada um, além do cuidado ofertado pelo Capsi. A unidade também articula atendimentos com outros equipamentos do município, caso os usuários tenham necessidade.

A permanência é de, no máximo, 6 meses. Durante esse período, o retorno para o território e para família é trabalhado a todo momento. “Todos são usuários de algum tipo de droga. Normalmente, estão nas ruas expostos e fazendo uso constante, na maior parte das vezes, de substâncias ilícitas. A gente trabalha com a redução de danos e não com a proibição, a desintoxicação. Não é clínica de reabilitação. E também cuidamos da saúde”, explicou Isabel Cristina Chultte, pedagoga da unidade.

A unidade tem capacidade para acolher até 10 jovens, meninos e meninas. Além dos cuidados como um todo, os funcionários também tentam a reaproximação familiar. “Eles vêm para cá por conta de risco no território. Na maior parte das vezes, as famílias não aceitam mais, os laços estão desgastados e o vínculo está rompido. A gente faz essa reaproximação familiar. Alguns familiares vêm visitar, trazem roupas e alimentos. A gente tenta fortalecer o laço com a família porque é a prioridade para que eles possam voltar para o convívio com a sociedade e o ideal é que voltem para as famílias”, finalizou a pedagoga.