Agentes de fiscalização do Crea-RJ emitiram apenas 11 autos de infração, número considerado baixo para as dimensões do evento.
O gerente da fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio, engenheiro Cosme Chiniara, fez um balanço da atuação do Crea na fiscalização do exercício legal dos profissionais de engenharia que atuaram no Rock in Rio, o maior festival de música e entretenimento do mundo.
Para a fiscalização do Crea-RJ, a grande novidade no evento foi o emprego de QR Codes, que permitiram que qualquer pessoa, com um smartphone, tivesse acesso às informações dos responsáveis técnicos pelas instalações de toda a estrutura da Cidade do Rock.
Para o festival, foram instalados pelo Crea-RJ cerca de 150 QR Codes. Eles funcionaram como placas virtuais com as informações sobre os profissionais responsáveis, suas empresas e as ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica).
Durante o evento, os agentes de fiscalização do Crea-RJ emitiram 11 autos de infração, um número considerado baixo para as dimensões do Rock in Rio, que nesta edição reuniu cerca de 25 mil trabalhadores. A maioria das infrações foi por falta de registro, no Crea-RJ, de empresas atuando nos bastidores do festival. O Conselho tem atualmente cerca de 22 mil empresas registradas.
“Assim como para o público, o festival foi um sucesso para a fiscalização do Crea-RJ, que inaugurou uma nova tecnologia como ferramenta da fiscalização, que é o QR Code, e esteve presente de forma maciça, todos os dias e praticamente em todo o tempo”, afirmou Cosme Chiniara, gerente da fiscalização do Crea-RJ. Ele acrescentou que a fiscalização deu atenção especial ao parque de diversões da Cidade do Rock. Segundo Chiniara, os livros de ocorrência assinados pelos fiscais não registraram qualquer problema nos cinco brinquedos.
Inovação na fiscalização do Crea-RJ, o QR Code foi lançado e testado pelo presidente do Crea-RJ, engenheiro Miguel Fernández, em visita técnica à Cidade do Rock, no dia 3 passado. Na ocasião, o responsável técnico pela montagem da Cidade do Rock, o engenheiro Jackson Pessanha, destacou que a presença do Crea-RJ é “um selo de garantia para a obra”.
Os cerca de 150 QR Codes permitiam o acesso a informações importantes sobre os responsáveis técnicos das instalações. Cada QR Code exibia informações como os nomes das empresas contratantes, dos profissionais, endereço da empresa, atribuições dos engenheiros. Além disso, todos os brinquedos tinham placas com informações sobre os números das ARTs, o que facilita o acesso às informações sobre a obra ou serviço no site do Crea-RJ.
A fiscalização do Crea-RJ atualizou os números da presença dos profissionais de engenharia no evento. Foram 158 profissionais de 74 empresas e responsáveis por 428 ARTs, a Anotação de Responsabilidade Técnica. Com a ART, as autoridades podem ser imediatamente informadas da responsabilidade pelos eventos. Isso facilita o rastreamento dos profissionais envolvidos em eventuais falhas, que podem resultar em inquéritos policiais e processos na Comissão de Ética do Conselho.
Os profissionais do Crea-RJ no Rock in Rio se dividiram entre engenheiros civis (193), eletricistas (126), de segurança do trabalho (106), mecânicos (75) e químicos (10). Os engenheiros mecânicos e eletricistas foram os responsáveis pelas instalações do parque de diversões, que fez a festa do público no festival.
Fonte: Cristina Freitas