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Estado teve mais de 147 mil doses aplicadas em um único dia. Ministério da Saúde reforça a busca ativa e orienta imunizar quem procurar os serviços, mesmo fora dos grupos prioritários
ODia D Nacional de vacinação contra a gripe, realizado no sábado (10), foi marcado por uma grande mobilização no Rio de Janeiro. Em parceria com os municípios, o estado aplicou mais de 147 mil doses da vacina apenas no dia da ação, o número é cinco vezes maior que média registrada em dias comuns de vacinação. O objetivo do Ministério da Saúde é a proteção da população contra os vírus respiratórios, especialmente o público mais vulnerável, como crianças, idosos e gestantes.
Desde o início da campanha nacional, em março, mais de 1,2 milhão de doses já foram aplicadas no Rio de Janeiro nos grupos prioritários. Para garantir a ampla cobertura vacinal, o Ministério da Saúde destinou 4,3 milhões de doses ao estado.
Com o avanço da vacinação, a pasta orienta que estados e municípios realizem a busca ativa dos grupos prioritários. Além disso, recomenda a vacinação de todas as pessoas que procurarem as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), mesmo que não pertençam ao grupo que tem prioridade na imunização — desde que haja disponibilidade de doses e conforme a situação epidemiológica local e as estratégias definidas pelas secretarias estaduais e municipais de saúde.
“Nossa estratégia sempre foi clara: priorizar quem mais precisa — idosos, gestantes, crianças de seis meses a menores de seis anos, profissionais da saúde, da educação e da segurança. Agora, além de continuar buscando ativamente esses grupos, estamos dando um novo passo: autorizar que qualquer pessoa que procure os postos de saúde também possa ser vacinada, mesmo que não esteja nos grupos prioritários, conforme disponibilidade de doses. O SUS vai continuar indo atrás de quem mais precisa, mas de portas abertas para acolher toda a população”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Mais de 21 milhões de doses aplicadas
A campanha de vacinação contra a gripe segue mobilizando estados e municípios em todo o país. Até o momento, mais de 21,2 milhões de doses já foram aplicadas, sendo 1,5 milhão somente no Dia D – número três vezes maior do que a média registrada em dias comuns de vacinação.
O Sudeste concentrou quase metade das doses aplicadas no Dia D e, além do Rio de Janeiro, também se destacaram Minas Gerais (345.391) e São Paulo (220.945).
Na região Centro-Oeste, também contribuíram significativamente para o avanço da cobertura vacinal, Goiás que aplicou 43.767 doses, seguido pelo Distrito Federal com 12.671 doses.
No Sul, os estados de Santa Catarina e Paraná também se destacaram, com 185.791 e 208.294 doses aplicadas, respectivamente. Na região Nordeste, a Bahia liderou com 80.564 doses, seguida por Pernambuco, com 75.071, e Ceará, que aplicou 61.650 vacinas.
Já na região Norte, a imunização contra a gripe terá início no segundo semestre, considerando as particularidades climáticas da região, já que, nessa época, durante o “Inverno Amazônico”, a circulação viral e a transmissão da gripe são mais frequentes.
Quem pode se vacinar contra a gripe?
Conforme o Informe Técnico de 2025, a vacinação deve priorizar gestantes, puérperas, idosos, crianças menores de seis anos e pessoas com comorbidades ou condições clínicas especiais, como doenças respiratórias, diabetes, imunossupressão e obesidade mórbida.
A oferta da vacina para a população em geral busca ampliar os benefícios da imunização, reduzir os atendimentos ambulatoriais e as internações, principalmente no período de maior circulação do vírus.
A estratégia se manterá ao longo de todo o ano, integrando-se ao Calendário Nacional de Vacinação para crianças, gestantes e idosos, com garantia de vacinação contínua desses grupos, mesmo fora das campanhas sazonais.
Vírus respiratórios
O Ministério da Saúde anunciou um incentivo de R$ 100 milhões para reforçar o atendimento a crianças com vírus respiratórios no SUS — público que tem registrado aumento nas hospitalizações.
Até a 19ª semana epidemiológica (10 de maio), foram registradas no SUS 29.379 hospitalizações por vírus respiratórios, com 1.333 óbitos, sendo 69% causados por influenza A. Os vírus com maior circulação incluem o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), a influenza A (H1N1) e o rinovírus.
A intensificação da campanha de vacinação contra a gripe, aliada à vigilância ativa e ao acesso à vacina, é fundamental para proteger a população e conter o avanço dos vírus respiratórios neste período do ano.
Fonte: Ministério da Saúde