Alunos surdos participam da Sala de Recursos participam nessa quinta-feira (26) de um evento cultural no Espaço Lona na Lua, no Centro, alusivo as comemorações do Dia Nacional do Surdo, organizado pela secretaria de Educação, através do Departamento de Educação Inclusiva. Rio Bonito é um dos municípios que se tornaram referência em relação a inclusão na região metropolitana. Além de comemorar as conquistas, os professores da educação inclusiva irão fazer uma reflexão sobre a importância da Libras na vida das pessoas surdas, e o quanto esta linguagem é necessária para garantir a preservação da identidade surda, assim como para a valorização e o reconhecimento de sua cultura, por tanto tempo ofuscada pela cultura ouvinte. “Esse dia merece ser comemorado, pois os surdos muitas vezes são ignorados, e as informações não chegam a essas pessoas. Enquanto Departamento de Inclusão, nosso compromisso é exatamente esse: promover, divulgar e respeitar esses sujeitos que utilizam a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS”, afirma a professora de Libras, Fernanda Crozoé.
Mês de Lutas e Conquistas – Setembro foi escolhido pelos surdos para comemorar e relembrar as lutas por direitos. Por isso, o mês está repleto de datas importantes para a comunidade, como por exemplo, o Dia do Surdo. No Brasil, o dia foi escolhido por ser a data de fundação do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), em 1857. A principal pauta, desde então, tem sido a educação dos surdos e a criação de Escolas Bilíngües para o ensino de Libras. “O trabalho incansável dos profissionais que atuam na educação inclusiva, fez com que o município se tornasse referência em todo o Estado. Isso nos traz muito alegria, mas também aumenta a nossa responsabilidade de trabalhar cada vez mais em prol da inclusão em nosso município”, afirma a secretária de Educação, Wanderlúbia Antunes.
Novas Conquistas – A inauguração do Espaço Bilíngüe, que funciona no Colégio Municipal Maurício Kopke, foi uma das maiores conquistas da comunidade surda de Rio Bonito nos últimos anos. A partir de agora, os professores tem mais segurança de ensinar as disciplinas através da língua de sinais. O espaço está aberto para os surdos do município e de cidades próximas, já que não tem outros espaços como esse na região, que ministrem as disciplinas regulares, como português, matemática e ciências, em línguas de sinais, de forma mais lúdica e com interação. “Os nossos alunos que já dominam a língua de sinais, podem freqüentar as salas de aulas regulares normalmente. Mas aqueles alunos, principalmente do ensino fundamental que não tem língua de sinais, precisam desse espaço para aprender a língua de sinais”, explica a Coordenadora do Departamento de Educação Inclusiva, Simone Gomes F. Alves. Texto/Colaboração: Denilson Santos. Fotos/Divulgação: Galileu