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O público niteroiense acompanhou nesta quinta-feira (27) a estreia da temporada gratuita de “Ainda Estou Aqui”, do diretor Walter Salles, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, no Reserva Cultural. As exibições gratuitas do filme “Ainda Estou Aqui”, no Reserva Cultural, vão até quarta-feira, dia 2 de abril. As sessões acontecem todos os dias, às 13h, 15h40, 18h20 e 21h.
“Esse é um filme de excelente qualidade, dirigido pelo premiado cineasta Walter Salles e protagonizado extraordinariamente por Fernanda Torres. Ainda Estou Aqui conta a tortura e assassinato de Rubem Paiva, líder trabalhista perseguido pela ditadura nos anos 1960 e 1970 e a coragem e resiliência de sua esposa Eunice, que criou os 5 filhos e liderou a campanha pela Verdade e Justiça. Ajuda-nos a refletir sobre nossa história e a importância de defendermos a democracia”, destaca o prefeito Rodrigo Neves.
A professora Mirian de Castro Silva Lira assistiu o filme pela primeira vez. Ela conta que estava ansiosa para ver o longa, desde a conquista do Oscar, mas esperou algumas semanas logo que soube que teriam sessões gratuitas em Niterói.
“É um filme que além de muito bonito, bem feito, conta uma história importante, de uma época do nosso país que não pode ser esquecida. É uma obra de arte, mas também um documento histórico. Espero que mais pessoas aproveitem a gratuidade neste fim de semana e venham assistir esse filme espetacular, porque eu fiquei emocionadíssima”, conta Miriam.
No primeiro dia da curta temporada gratuita, teve quem aproveitou para assistir “Ainda Estou Aqui” pela segunda vez. É o caso da aposentada Leonor Ferreira. Ela diz que não se arrependeu do repeteco e incentiva outras pessoas que viram que assistam de novo.
“Um filme bom desses a gente não cansa de assistir, ainda mais com a oportunidade de ver gratuitamente. Como eu gostei muito quando vi a primeira vez, aproveitei para vir de novo. Ainda mandei a informação no grupo da família, para os amigos, para que todos possam vir”, revela Leonor.
Lidia Regina de Souza Clemente, de 73 anos, é professora aposentada de sociologia. Após assistir a sessão gratuita no Reserva, ela destacou a importância histórica da produção.
“É o filme que ganhou o primeiro Oscar do Brasil, então eu queria muito assistir. É muito importante rememorar a memória dessa época. Eu sou testemunha do golpe de 1964. Esse filme faz um trabalho muito importante de rememorar nossos arquivos, dessa fase tão ruim da nossa história”, considera Lídia.
As pessoas interessadas em assistir ao filme precisam chegar uma hora antes da sessão e garantir o ingresso, mediante a apresentação de documento de identidade e comprovante de residência na bilheteria do cinema. As sessões estão sujeitas a lotação, de acordo com a ordem de chegada dos interessados.
