Exame preliminar é capaz detectar diabetes e direcionar o tratamento
Entrou em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) o Projeto de Lei 3.161/2020, que torna obrigatória a realização do teste de glicemia capilar nos atendimentos de emergência dos hospitais, prontos-socorros e unidades básicas de saúde da rede pública e privada de todo o estado. Publicada no Diário Oficial, a proposta do deputado Capitão Paulo Teixeira (Republicanos) vai ser analisada pelas comissões da Casa antes de ser votada em plenário.
De acordo com o texto, os profissionais de saúde devem informar ao paciente o seu direito de realizar o teste logo no primeiro atendimento. Essencial para saber se níveis de açúcar estão controlados, o exame extrai uma pequena amostra de sangue do dedo, que é analisada em um aparelho de medição.
“Um teste simples é capaz de detectar a diabetes, uma doença grave e silenciosa que mata muita gente pela falta de conhecimento do diagnóstico. O teste, logo no início do atendimento, pode direcionar melhor o tratamento”, defende Capitão Paulo Teixeira.
Após o teste, os pacientes que apresentarem índice glicêmico elevados deverão receber ajuste da medicação ou dose de insulina, no caso de diabéticos. Aqueles que não tinham conhecimento do diagnóstico deverão iniciar o tratamento para evitar que a doença se instale.
O Brasil é o quarto país com maior número de diabéticos do mundo, segundo o International Diabetes Federation (IDF). São 12,5 milhões de pessoas afetadas, o que equivale a 7% dos brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde levantados em 2018.
“Com o projeto é possível contribuir para identificar mais pessoas com diabetes para que a doença seja tratada precocemente, com menores riscos à saúde e dando mais qualidade de vida ao paciente”, diz o autor da proposta.