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Foto/Divulgação

Modelo aplicado pela Aegea na Lagoa de Araruama é usado como case de sucesso 

A despoluição da Baía de Guanabara ganha novo status com o projeto apresentado pela Águas do Rio. A recuperação das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e o cinturão de coletores que serão instalados dentro dos próximos cinco anos serão responsáveis pelo fim do constante derrame de esgoto num dos cartões postais mais importantes do país. A ação é baseada no que já foi executado pela Prolagos, concessionária da Aegea, na Lagoa de Araruama. Os dois cases foram expostos no 1º Seminário Estadual de Saneamento e Meio Ambiente do Rio de Janeiro, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), nesta quinta-feira (14), na sede da Firjan.

“A recuperação ambiental é um dos compromissos assumidos pela Águas do Rio na concessão de saneamento básico em 27 municípios do estado. E o maior desafio está em recuperar a Baía de Guanabara. É um projeto que pode gerar desconfiança, pois já foi promessa anterior de muitos atores, mas a expertise desenvolvida pelos profissionais da Aegea associada aos estudos feitos pela Águas do Rio fará com que o objetivo seja alcançado, beneficiando não apenas o ecossistema, mas gerando desenvolvimento econômico”, declarou o diretor de engenharia da Águas do Rio, Ricardo Bueno.

Para tanto, haverá a implantação de coletores de esgoto nos oito municípios da área de concessão que se encontram no entorno da baía: Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaboraí, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, e São Gonçalo. Em torno de 8 milhões de pessoas serão beneficiadas, e mais de 1,3 milhão de litros de esgoto/dia deixarão de ser lançados na Baía de Guanabara sem tratamento.

 

“A Águas do Rio quer ser a protagonista nesta missão, e isso não quer dizer que fará sozinha. Estamos comprometidos com o projeto e temos o conhecimento técnico, alta tecnologia e faremos o investimento de R$ 2,7 bilhões. Além de tratar o esgoto, estaremos atuando na mobilização de governos, da sociedade e de outros entes que são responsáveis por outros vetores de poluição. Os resultados obtidos na Lagoa de Araruama mostram que a ação é efetiva, funciona. Claro que tudo será muito maior na Baía de Guanabara, mas trata-se da mesma premissa”, ressalta o presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini.

O diretor-presidente da Prolagos, Pedro Freitas, que também é diretor-superintendente da Águas do Rio, pontuou os ganhos com os coletores de esgoto instalados ao redor da Lagoa de Araruama. “Com o auxílio dos investimentos que fizemos até aqui, já é possível observar a melhora desse corpo lagunar tão importante. O tempo seco foi a solução mais rápida e assertiva da sociedade para a recuperação da lagoa, porque se fossemos aguardar a implantação do sistema Separador Absoluto a regeneração desse ecossistema estaria comprometida de forma irremediável. Hoje, os pescadores comemoram recordes de pescado, cavalos-marinhos voltaram a habitar a laguna e na maior indústria da Região dos Lagos, o Turismo, empresários sentem os reflexos positivos dos recursos empregados pela concessionária”, destacou Pedro Freitas. 

Em 1998, quando a Prolagos assumiu os serviços de saneamento nas cidades Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia, todo o esgoto sem tratamento era despejado na Lagoa de Araruama e nas praias. A maior laguna hipersalina em estado permanente do mundo estava em avançado estado de degradação ambiental. Para ajudar na sua recuperação, a sociedade civil organizada solicitou a mudança do contrato, propondo que as concessionárias que atuam na Região dos Lagos antecipassem os investimentos em esgoto e aderissem ao sistema de captação a tempo seco, onde o esgoto que corre pela drenagem pluvial é desviado para coletores e o resíduo transportado para as estações de tratamento, retornando para o meio ambiente dentro dos padrões ambientais.

Benefícios acima de R$ 37 bi  

Estudo apresentado pelo Instituto Trata Brasil aponta que a universalização do saneamento nos 27 municípios que fazem parte da concessão da Águas do Rio, nos próximos 35 anos, vai gerar um ganho líquido para a população de R$ 37 bilhões. A divulgação do estudo aconteceu nesta quarta-feira (13/4), e traz uma abordagem ampla dos ganhos econômicos e socioambientais que o estado terá com a expansão dos serviços de água e esgoto durante o período de concessão dos blocos 1 e 4. No cálculo já estão descontados todos os investimentos que a população desses 27 municípios custeará, seja na forma das tarifas ou impostos pagos.

Humor/Colaboração: Netto

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