O programa Desenrola Brasil, lançado na semana passada pelo governo Lula, iniciou em passos largos para ajudar 70 milhões de brasileiros e brasileiras a quitarem suas dívidas. Em apenas cinco dias, pelo menos meio bilhão de reais foram renegociados no país.
Os dados, divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), também afirmam que mais de 2 milhões de registros de clientes com dívidas de até R$ 100 foram desnegativados entre os dias 17 e 21 de julho.
De acordo com a Febraban, cada banco tem sua estratégia de negócio, adotando políticas próprias para adesão ao Desenrola Brasil. A federação explica que as condições para renegociação das dívidas, nessa etapa, serão diferenciadas e caberá a cada instituição financeira defini-la.
O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, celebraram o sucesso do Desenrola na primeira semana de operação.
BB renegocia R$ 1 bilhão
O sucesso do programa nos primeiros dias de operação também refletiu no Banco do Brasil, que renegociou R$ 1 bilhão em cinco dias. O BB divulgou que quase 76 mil clientes refinanciaram débitos na primeira semana do Desenrola.
Na divisão por públicos, o BB renegociou R$ 255 milhões de 34 mil pessoas físicas enquadradas na Faixa 2 do Programa Desenrola, cujas renegociações foram abertas nesta semana. O banco também refinanciou R$ 500 milhões de 35 mil pessoas físicas em geral e R$ 230 milhões de cerca de 6 mil micro e pequenas empresas.
CEF renegocia mais de R$ 51 milhões
A presidenta da Caixa Econômica Federal (CEF), Rita Serrano, ressaltou que o acesso à página do banco na internet subiu de 69 mil acessos diário para mais de 1 milhão “e a maioria procurando informações do desenrola”. A CEF renegociou mais de R$ 51 milhões em dívidas nos três primeiros dias do programa.
“Estamos abrindo todas as agências do país uma hora mais cedo e inclusive temos um caminhão-agência em Santos [SP] em local estratégico para atender. Então há uma expectativa nossa de ter um público grande para renegociar dívida”.
De acordo com Serrano, mais de 22 mil clientes foram atendidos pelo banco público e 10 mil contratos fechados. A Caixa tem 13 milhões de clientes com dívidas.
Como evitar fraudes
O Ministério da Fazenda alerta o povo brasileiro sobre tentativas de golpes para renegociar as dívidas e divulga algumas orientações.
Confira:
– As negociações da Etapa 1 (julho e renda até 20 mil reais) – poderão ser feitas apenas diretamente com o banco, onde possui dívidas. É importante procurar apenas os canais oficiais dos bancos ou diretamente nas agências. Lembramos que nesta etapa, o interessado deve buscar informações com o próprio banco que tenha relacionamento e não aceitar nenhum intermediário.
– Somente na Etapa 2 do programa, em setembro, a negociação será feita exclusivamente pelo site GOV.BR. Então, será exigido acesso ao GOV.BR com os certificados Prata ou Ouro. É importante que os cidadãos providenciem desde logo o seu cadastro no GOV.BR com a certificação necessária.
– O cidadão pode comunicar a ocorrência de fraudes aos próprios bancos, Banco Central, autoridades policiais e à Febraban.
Onde posso denunciar golpe?
– Por meio de ocorrências policiais, Procons, Banco Central e centrais telefônicas dos bancos com o qual o devedor tem a dívida. Sempre que receber alguma mensagem, procure seu banco e seu gerente;
– A Febraban também alerta que a entidade não envia comunicado para renegociar dívidas no Desenrola;
– Caso receba qualquer mensagem com o logotipo da entidade e/ou de bancos, o cliente deve descartá-la e entrar em contato com os canais oficiais da instituição financeira, como agência, internet banking e aplicativo bancário.
Se proteja: saiba como checar se o site do banco é falso
1) A principal dica é: verifique atentamente o endereço do site. Muitas vezes, o golpista usa domínios com grafia parecida com a empresa pela qual ele está tentando passar;
2) Nunca clique em links em e-mails, SMS, WhatsApp ou resultado de site de busca. Digite o endereço da empresa direto no navegador;
3) Verifique o layout – se há erros de grafia, uso excessivo de maiúsculas ou caracteres especiais, layout mal formatado;
4) Cuidado com selos de segurança– em alguns casos, o golpista usa de elementos visuais que passam confiança como selos de segurança.
Fonte: Redação/PT, com informações da Febraban, Ministério da Fazenda e EBC