A rotina das pessoas que realizam tratamento de hemodiálise é pontuada por idas e vindas às clínicas nefrológicas por diversas vezes na semana, já que “as máquinas da vida” permitem a filtração do sangue indicado para casos de insuficiência renal aguda ou crônica graves. O prefeito de São Gonçalo, José Luiz Nanci, e o secretário municipal de Saúde, Jefferson Antunes visitaram as instalações da Clínica de Terapia Renal Pura, no Mutondo. Com 100% do funcionamento voltado para o Sistema Único de Saúde (SUS), a unidade atende 178 pacientes renais crônicos que realizam sessões de hemodiálise de três a quatro dias por semana. “Vim conferir de perto o excelente trabalho que a clínica presta aos gonçalenses. É importante estreitar os laços com as unidades para que o trabalho de todas as partes seja realizado da melhor forma, proporcionando um melhor atendimento aos pacientes”, explica o prefeito José Luiz Nanci.
A Clínica é composta por duas salas de hemodiálise, uma sala de urgência, uma sala de diálise peritoneal, consultórios, área de pré-atendimento e área para tratamento da água, através de osmose reversa de duplo-passo com esterilização diária por ozônio, pioneiros na região. Segundo a nefrologista e diretora médica da unidade, Danielle Bazhuni, para que a função principal dos rins seja mantida, os pacientes dedicam quatro horas por dia ao tratamento durante três dias na semana, onde é realizada a filtração do sangue. “É um procedimento realizado por um rim artificial que faz o trabalho que o rim doente não pode mais fazer. Muitos acham esse tempo demorado mas temos que pensar que a hemodiálise substitui um rim que funcionava 24 horas por dia”.
Entre os vários fatores que levam o paciente a ter que fazer o tratamento, ela destaca a diabetes e hipertensão. “A maioria dos pacientes que desenvolvem a doença renal são portadores dessas outras duas patologias tão comuns e graves. É importante frisar a necessidade do diagnóstico precoce, que pode ser feito com clínicos gerais ou cardiologistas, através da dosagem da creatinina. Isso pode evitar que vários pacientes entrem em hemodiálise, pois há possibilidade de tratamento conservador”, explica. A hemodiálise é um procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento libera o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina. Atualmente, 600 pacientes realizam tratamento em três clínicas conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) em São Gonçalo. “Com o método de substituição dos rins, a filtragem na máquina de hemodiálise elimina toxinas e substâncias em excesso, além de líquidos acumulados no paciente. Hoje não temos fila de espera para a especialidade. Todos os pacientes do município estão sendo atendidos”, conta o secretário de Saúde, Jefferson Antunes.