Um dos mais importantes jazigos de fósseis do Brasil e gerido pela Prefeitura de Itaboraí, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMAU), o Parque Natural Municipal Paleontológico de São José de Itaboraí recebeu a visita de professores de diferentes áreas da Universidade Federal Fluminense (UFF). Entre os visitantes, estiveram pesquisadores de Geologia, Geoquímica, Geofísica, entre outros.
Acompanhados pelo gestor da Unidade de Conservação (UC), Luís Otávio Castro, que também é paleontólogo e doutorando em Geociências com ênfase em Paleontologia, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pelos guardas do Grupamento Especial de Proteção Ambiental (GEPAM), da Guarda Municipal, os acadêmicos percorreram as imediações do parque em prol de pesquisas de campo, que vão contribuir para a formação acadêmica e elaboração de atividades extracurriculares durante o primeiro semestre de 2024.
Entre os principais objetivos estiveram o levantamento de dados específicos do parque, análise da viabilidade do emprego da técnica de cada área específica e potencialização de visita dos acadêmicos para futuras pesquisas de campo. Durante a visita técnica, os pesquisadores passaram por uma abordagem técnica sobre cada área do parque, visitaram o museu do Parque Paleontológico e participaram de uma trilha guiada até a Bacia de Itaboraí, onde tem um lago formado pelo processo de mineração das rochas calcárias, em que podem ser observadas rochas e fósseis em seu lugar original (in situ), datados de aproximadamente 58 milhões de anos.
“Entre muitos, um dos papéis do parque é contribuir de forma prática com a formação de profissionais da área da geociência. E ver o parque despertando interesse de professores/pesquisadores do curso de Geofísica da UFF é muito gratificante para nós, além de deixar clara a importância de preservação e promoção do acesso de todos à nossa Unidade de Conservação”, disse o gestor do parque, Luís Otávio Castro.
Localizado no distrito de Cabuçu, o parque foi criado com o objetivo de salvaguardar uma bacia sedimentar de rochas calcárias de milhões de anos, rica em fósseis de vegetais, aves, anfíbios, répteis e mamíferos. O professor do Curso de Graduação em Geofísica da UFF Fernando Freire destacou a importância da visita técnica para os pesquisadores.
“O nosso objetivo com essa visita técnica é explorar esse importante espaço, unindo todo o conhecimento dos profissionais de diferentes áreas e levantar dados geofísicos para a criação de grupo de pesquisa vinculado à universidade. O parque tem fundamental importância nesse processo e teremos nos próximos meses a participação dos alunos de cada área nessas visitas”, disse o professor.