Ticiana Parada e o jaguar pintado por ela na Casa Brasil

Foto/Divulgação: Ticiana Parada e o jaguar pintado por ela na Casa Brasil

Artista niteroiense Ticiana Parada integra a ação Jaguar Parade: Conexão Rio-Paris e sua escultura “passeia” pela França durante as competições

Enquanto os atletas lutam por medalhas nos Jogos de Paris, uma onça brasileira passeia pela França causando sensação. A escultura do felino, em tamanho real, pintada pela artista plástica niteroiense Ticiana Parada, integra a ação Jaguar Parade: Conexão Rio-Paris e começou o tour pela Casa Brasil, durante a abertura das competições. Depois, foi levada a um almoço com o embaixador do Brasil na França, no restaurante Monsieur Bleu, no Palais de Tokyo. Agora, é guardiã da entrada da Prefeitura de Saint Ouen, onde é a base do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e da delegação brasileira e permanecerá por lá até o fim dos Jogos. Pelo jeito, vem dando sorte aos atletas nacionais.

O Jaguar Parade é um movimento artístico que espalhou dezenas de esculturas de onças pelo Rio de Janeiro, pintadas por artistas plásticos, para defender a preservação do jaguar no meio ambiente. A desenvolvida por Ticiana foi a única selecionada, entre as que integraram a ação carioca, para cruzar o oceano. Na capital francesa, o artista franco-brasileiro, Augustin de Lassus, pintou outra escultura de onça e as duas vêm atraindo a atenção por onde passam. Esta ação destaca a cooperação entre Brasil e França na proteção das onças e seus habitats, especialmente no Escudo das Guianas, vital para a biodiversidade e lar de grandes populações de onças-pintadas.

– É impressionante como chamam atenção. Muita gente para, admira e tira fotos – conta Ticiana, que viajou até a França para acompanhar os primeiros passos de sua escultura em terras parisienses.

A oportunidade de mostrar sua arte na França, durante os Jogos de Paris, representa o sucesso de um momento de virada profissional. Apesar de sempre ter desenvolvido pinturas e esculturas, só há cerca de cinco anos Ticiana Parada passou a levar a arte como profissão. Formada em pedagogia, a artista trabalhou por trinta anos como professora do ensino fundamental. Durante a pandemia de Covid-19, foi demitida da escola onde atuava e teve que buscar novos caminhos profissionais. Foi quando fez do hobby profissão.

 – Passei a levar muito a sério e cheguei a pintar cinco telas por dia. Participei, então, de exposições no Brasil e no exterior e vendi mais de duas mil obras, entre pinturas, gravuras, cerâmicas e esculturas. Estar com uma obra em Paris, é um sonho realizado –  conta.

A onça pintada por Ticiana ganhou visto permanente. Depois dos Jogos, não voltará mais para o país. Seu endereço deve ser a embaixada brasileira.

Fonte: Renata Magdaleno

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