002 Obras CTS São Gonçalo

Obras CTS São Gonçalo. Foto/Divulgação

Sistema de Coleta em Tempo Seco ajudará a tratar 12 milhões de litros de esgoto por dia, que hoje caem em rios da cidade

A paisagem e a vida em São Gonçalo vão mudar com uma obra que promete transformar a rotina de quase 50 mil moradores da cidade, além de contribuir para a recuperação da Baía de Guanabara. O motivo: a Águas do Rio deu início à construção do sistema de Coleta em Tempo Seco (CTS) no município, método de esgotamento sanitário que será capaz de impedir que os cerca de 12 milhões de litros de água contaminada com esgoto hoje despejados em rios e praias sejam tratados.

A captação de esgoto será feita nos rios Imboassú, Brandoas e Bomba, além de uma galeria pluvial na Rua Cônego Goulart, no bairro da Covanca. Todos esses corpos hídricos atualmente percorrem a cidade poluídos, causando riscos à saúde da população, e deságuam sujos na Baía de Guanabara.

Obras CTS São Gonçalo. Foto/Divulgação

A construção do CTS será entregue para São Gonçalo em duas etapas. Só nesta primeira fase, serão investidos R$ 120 milhões na criação do primeiro dos cinco pontos de captura do sistema. Ele vai direcionar em torno de 3,5 milhões de litros de água contaminada com esgoto por dia (o equivalente a duas piscinas olímpicas) para a Estação de Tratamento Esgoto (ETE) São Gonçalo. O projeto prevê a implantação de seis quilômetros de tubulações, entre coletores e redes, além da instalação e modernização de sistemas de bombeamento nos bairros Venda da Cruz, Neves, Vila Lage, Paraíso, Porto da Madama, Porto Velho e Patronato.

Obras CTS São Gonçalo. Foto/Divulgação

A segunda e última etapa será concluída em 2026, elevando o volume tratado para 12 milhões de litros diários, o que corresponde a cinco piscinas olímpicas. Segundo Diogo Freitas, gerente-executivo da Águas do Rio, a construção desse novo sistema representa um ganho expressivo tanto para a população quanto para o meio ambiente.

Obras CTS São Gonçalo. Foto/Divulgação

“Estamos iniciando em São Gonçalo um verdadeiro marco para quem vive na cidade e para a Baía de Guanabara. O direcionamento do esgoto para tratamento significa melhoria da qualidade de vida das pessoas, diminuindo a incidência de doenças de veiculação hídrica e os custos com saúde pública, além de ajudar na recuperação da baía, com as praias do seu entorno cada vez mais limpas e balneáveis”, explica. 

 

Obras vão impactar balneabilidade da Praia das Pedrinhas

 

Uma das praias que será positivamente impactada será a Praia das Pedrinhas, que hoje também passa por obras de revitalização da prefeitura. Para o prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson, a área de lazer ganhará ainda mais vida após a conclusão dos trabalhos da Águas do Rio.

 

“O sistema de coletor de tempo seco no Rio Imboaçu é uma excelente notícia, pois vai beneficiar diretamente a orla da Praia das Pedrinhas, onde estamos fazendo uma grande obra de revitalização, inclusive em parceria com a Águas do Rio, que instalou redes de água e esgoto. Toda a região será beneficiada com uma nova infraestrutura, com redes de drenagem, pavimentação, deques e arquibancadas para contemplação da baía. E, agora, com a expectativa de redução da poluição neste rio, nosso maior cartão-postal ficará ainda melhor”, afirma.

 

Milhões de litros de esgoto já deixaram de cair na baía todos os dias

 

O projeto de construção de CTS em andamento pela Águas do Rio opera desviando o esgoto de rios poluídos e redes pluviais para estações de tratamento, impedindo que milhões de litros de efluente tenham contato com a população e ainda cheguem à Baía de Guanabara. O sistema funciona em plena capacidade nos períodos sem fortes chuvas. Implantado em diversos pontos da capital e em Mesquita, na Baixada Fluminense, esse método de esgotamento sanitário já evita o despejo diário de mais de 100 milhões de litros de água contaminada no ecossistema.

 

As obras do sistema Coleta em Tempo Seco seguirão avançando pelos municípios que margeiam a baía – sob responsabilidade da concessionária -, com um investimento de R$ 2,7 bilhões nos próximos anos. Até 2033, a Águas do Rio destinará R$ 19 bilhões à universalização do saneamento, beneficiando dez milhões de pessoas e promovendo uma recuperação ambiental sem precedentes.

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