Maria, João mas tinha o Pedro também © Renato Mangolin_ALTA 081

Foto/Divulgação: Renato Mangolin

O espetáculo “CLICHÊ ou Maria, João, mas tinha o Pedro também”, da Cia. Móvel de Teatro, se apresenta gratuitamente neste domingo (7), às 11h, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, no Campo de São Bento, em Icaraí. A partir da história de Pedro Henrique, a peça discute a fluidez contemporânea dos vínculos afetivos e desmistifica o lugar-comum de que existe um papel de vítima ou algoz quando uma relação termina.

A premiada dramaturgia de Helena Hamam levanta questões intrigantes sobre relacionamentos passados e a ilusão de decifrar a subjetividade do outro, como se fosse um quebra-cabeça a ser montado. A encenação mistura as linguagens do teatro físico, gestual e circense para explorar o amor sob uma perspectiva não-heteronormativa.

Em ‘CLICHÊ ou Maria, João, mas tinha o Pedro também’, a fisicalidade e a concepção de uma encenação não cotidiana aparecem em certos momentos da história, em contraponto com gestos mais cotidianos e até documentais. Essa proposta, junto com o cenário, o figurino e elementos poéticos, costuram essa narrativa criando esse fluxo entre o real e o ficcional”, destaca Helena Marques, que codirige a peça junto ao ator Daniel Leuback, que também atua ao lado de Helena Hamam e Raphael Pompeu.

A peça busca diversidade nas narrativas promovendo uma identificação mais ampla do público e estabelecendo um diálogo com as necessidades dos espectadores adolescentes e jovens adultos. A orientação sexual das personagens nunca é enfatizada nem se torna o ponto central da discussão; pelo contrário, é tratada de forma natural, como deveria ser. Além disso, a montagem aborda os aspectos do machismo e da homofobia, mesmo quando praticados por pessoas supostamente desconstruídas e aliadas.

Foto/Divulgação: Renato Mangolin

“Ter esse tipo de temática abordada sem rodeios, de maneira não estereotipada, e simplesmente falar sobre o amor e suas dores, seja entre quem for, significa reafirmar a potência de se poder ser quem se é e encontrar um ponto de apoio onde se identificar, se sentindo acolhido, seja qual for a sua orientação sexual”, enfatiza Daniel.

A Cia Móvel de Teatro optou por apresentar este espetáculo em espaços não convencionais, visando redefinir a interação da arte com o público e facilitar o acesso às discussões que ele provoca. Os diretores Helena Marques e Daniel Leuback, ambos envolvidos em projetos anteriormente indicados ao Prêmio Shell, viram nesta mudança uma oportunidade de reinventar a encenação e explorar novas linguagens.

O Projeto “CLICHÊ ou Maria, João, mas tinha o Pedro também” conta com incentivo da Prefeitura de Niterói, por meio da Chamada Pública de Fomentão e pela Lei Paulo Gustavo, promovidos pela Secretaria Municipal das Culturas.

Sinopse:

“CLICHÊ ou Maria, João, Mas Tinha o Pedro também” conta a história de dois desconhecidos que viveram uma história de amor com a mesma pessoa que, apesar de ser a causa do conflito entre eles, não está presente no momento. Ao se encontrarem, passando a limpo as semelhanças e as diferenças de suas histórias com essa pessoa em comum, descobrem informações que transformam a visão sobre seus relacionamentos e sobre si mesmos.

Foto/Divulgação: Renato Mangolin

A Cia Móvel de Teatro

A Cia Móvel de Teatro foi fundada por Raphael Pompeu e Daniel Leuback, dois artistas e educadores que compartilham o desejo mútuo de desenvolver projetos teatrais com o objetivo principal de agregar e mobilizar artistas. A companhia tem como foco de pesquisa o teatro físico, gestual e circense em seus projetos, destacando-se o espetáculo “CLICHÊ ou Maria, João, Mas Tinha o Pedro também” conta a história de dois desconhecidos que viveram uma história de amor com a mesma pessoa que, apesar de ser a causa do conflito entre eles, não está presente no momento. Ao se encontrarem, passando a limpo as semelhanças e as diferenças de suas histórias com essa pessoa em comum, descobrem informações que transformam a visão sobre seus relacionamentos e sobre si mesmos. “CLICHÊ ou Maria, João, mas tinha o Pedro também” como seu trabalho atual, além de leituras dramatizadas e cenas curtas. A companhia já participou de festivais e mostras teatrais, conquistando 9 prêmios e 13 indicações, além de ter sido selecionada em seis editais de fomento à cultura em Niterói.

Helena Marques – direção

 Helena Marques é atriz, diretora e fundadora da Dobra. É formada em Artes Cênicas pela Unirio e pela LISPA (Escola Internacional de Artes Performáticas de Londres), além da formação em Canto Popular pela Escola Estadual de Música Villa-Lobos. Hominus Brasilis, espetáculo da Dobra em que dirigiu e atuou, recebeu indicações ao Prêmio Shell de Melhor Direção e ao Prêmio Cesgranrio na Categoria Especial, pela pesquisa do espaço cênico através da Plataforma, além de ter representado o Brasil nos EUA (2016), China (2017), Argentina (2017) e Portugal (2019).

Daniel Leuback – atuação e direção

Ator e diretor teatral, Mestre em Artes da Cena pela UNICAMP, graduado em Artes Cênicas pela UNIRIO e especialista em Preparação Corporal nas Artes Cênicas pela Faculdade Angel Vianna. Atualmente, é professor de teatro no CEFET/RJ. Entre os principais trabalhos se destacam integrar o elenco do espetáculo ‘Irmãos de Sangue’, da Cie. Dos à Deux, vencedor em duas categorias no Prêmio Shell/RJ 2014 e a direção de movimento do espetáculo ‘A Vida Ao Lado’, indicado na categoria de melhor direção no Prêmio Shell/RJ 2018. Recentemente, integrou o elenco

Serviço:

CLICHÊ ou Maria, João, mas tinha o Pedro também

Quando: 07/07 (domingo às 11h)

Onde: Centro Cultural Paschoal Carlos Magno

Endereço: Campo de São Bento, Icaraí – Niterói

Duração: 50 minutos

Faixa etária: 12 anos

Ingresso: gratuito

Instagram: @ciamoveldeteatro

 

Ficha técnica:

Idealização: Cia Móvel de Teatro

Codireção teatral: Daniel Leuback e

Helena Marques

Dramaturgia: Helena Hamam

Elenco: Daniel Leuback, Helena Hamam e

Raphael Pompeu

Desenho e operação de luz: Raphael Grampola

Cenário e Figurino: Erika Schwarz

Assistência de cenário: Bianca Bühring 

Produção executiva: Nívia Azevedo

Direção de Produção: Raphael Pompeu

Assistência de produção: Fernanda Guerreiro

Operação de som: Daniel Scarcello

Com músicas de Daniela Spielmann

Intérprete de Libras: Alex Sandro Lins e Kairu Lopes

Assessoria de imprensa: Lyvia Rodrigues/ Aquela Que Divulga

Fotos: Renato Mangolin

 

Fonte: Lyvia Rodrigues

 

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