Por: Bruno Garcia Redondo
Poucos se atentam para isso, mas a prevenção ao câncer de próstata começa no dia 1° de janeiro e termina em 31 de dezembro. A campanha Novembro Azul é apenas uma das ferramentas para reforçar que a prevenção e o tratamento são cruciais para a cura da doença. Todos os 365 dias do ano devem ser usados para vencermos o preconceito e nos conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce.
Até 2025, no Brasil, estão previstos 72 mil casos de câncer de próstata, segundo tipo mais comum da doença entre os homens. A enfermidade é a causa de morte de mais de 28% da população masculina. Além disso, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, o exame de toque retal desperta medo em um a cada sete homens. Os dados são preocupantes, principalmente se levarmos em conta os serviços de saúde disponíveis, inclusive na rede pública.
Além do INCA (Instituto Nacional do Câncer), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), é exemplo. O Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) tem usado a robótica para auxiliar pacientes na cura do câncer. Desde 2019, a instituição realiza cirurgias minimamente invasivas e que permitem uma recuperação mais rápida. Em cerca de quatro anos, foram 758 procedimentos.
O Estado do Rio foi pioneiro no atendimento à Saúde do Homem, com a criação, em 2010, do ambulatório da Policlínica Piquet Carneiro (PPC), também da UERJ, referência no tratamento da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Durante todo o mês de novembro, o hospital realiza a Semana da Próstata, para que os urologistas se atualizem com cirurgia de robótica, radioterapia, diagnóstico, novos medicamentos e tratamento.
Um orgulho para nós, do time da UERJ.
Para ajudar na missão de conscientizar os homens sobre o diagnóstico precoce, não é preciso ser especialista no assunto. Essa é uma missão de cada cidadão, preocupado com os altos índices de morte causados pelo câncer de próstata. É fundamental divulgar e enaltecer todos os recursos que estão à disposição da população masculina. Realizar o exame de toque em qualquer mês do ano (janeiro, fevereiro, março… Novembro Azul) é muito sério: é questão de vida ou morte.
Fonte: Bruno Garcia Redondo – Procurador da UERJ – Professor da PUC-Rio e UFRJ – Advogado, doutor e mestre em Direito