Dados foram divulgados pelo Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados, o Caged
Niterói é o segundo município que mais emprega formalmente no Estado do Rio de Janeiro. Os dados divulgados pelo Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados – Caged, tendo como fonte de dados do Ministério da Economia, apontaram que a cidade teve um bom desempenho se comparado a municípios situados no entorno geográfico sendo somente superado pela capital, Rio de Janeiro, que possui uma população economicamente ativa – PEA – dez vezes maior. Os dados divulgados pelo Caged registram saldo acumulado até o mês de outubro/2022 de 7.927 postos de trabalho no município de Niterói, decorrente de 55.926 admissões e 47.999 desligamentos.
Deste total destaca-se o setor de serviços, que representou 50,88% do total de saldo. As atividades econômicas que mais se destacaram por grandes segmentos no ano de 2022 foram: construção; serviços industriais e de utilidade pública; atividades de atenção à saúde humana, manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos e educação, enquanto as subatividades econômicas geradoras de emprego neste ano foram: coleta de resíduos não-perigosos; atividades de apoio à gestão de saúde; construção de edifícios; manutenção e reparação de embarcações; serviços de engenharia.
Quanto às pessoas admitidas por gênero, foram de 24.597 mulheres para 31.329 homens no mercado de trabalho de Niterói, enquanto o número de demissões foi de 21.860 e 26.139, respectivamente. Um bom resultado, visto que, as contratações superaram os desligamentos com saldos positivos.
A subsecretária de Desenvolvimento Econômico do município, Lindalva Cavalcanti, vê com muito otimismo o balanço apresentado.
“A Prefeitura não está poupando esforços para implementar programas e ações que possam ajudar a estimular e alavancar a economia do município, principalmente neste momento de pós-Covid. Niterói continua sendo um grande destaque dentre os principais municípios do estado e não só na região metropolitana. A cidade tem um perfil empreendedor e com segmentos de negócios de várias áreas que são muito promissores. Vemos com muito otimismo esses números que apontam, inclusive, um aquecimento em setores ligados à indústria naval”, explica Lindalva.
Um dos grandes incentivos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico vem sendo dado através do NAE – Núcleo de Atendimento ao Empreendedor – que é um espaço inspirador e colaborativo para quem quer desenvolver, aprimorar ou iniciar negócios em Niterói. Além do coworking, o local também está abrigando a Casa do Artesão. Funcionando na Avenida Feliciano Sodré, 43, o casarão já abrigou uma unidade do Ministério da Agricultura e foi todo reformado pela Prefeitura com o objetivo de criar uma atmosfera que leve os empreendedores a promoverem iniciativas que contribuam para o crescimento do seu negócio, alavancando vendas, ou mesmo para aqueles que pretendem iniciar sua empresa e não sabem como agir.
O programa quer conectar profissionais com ampla experiência na área de empreendedorismo (mentores) e empreendedores precisando de orientações para crescer seus negócios (mentorados).
Para o coordenador de Trabalho e Renda de Niterói, Brizola Neto, os números positivos mostram que as políticas de apoio e incentivo ao trabalhador estão cumprindo o papel de fomentar a economia na cidade. Entre essas iniciativas, ele cita o Fundo Municipal de Trabalho, Emprego e Renda do Município de Niterói – Fumter – que permite o acesso até R$ 11 milhões de verba do Ministério do Trabalho, destinados à manutenção de cursos de capacitação e do Centro de Atendimento ao Trabalhador (CAT), que será implantado, em 2023, no Terminal Rodoviário João Goulart.
“A criação do Fumter – Fundo Municipal de Trabalho, Emprego e Renda do Município de Niterói – e do Conselho Municipal de Trabalho e Renda foram iniciativas da Prefeitura que permitiram a integração dos entes federados. Isso significa que estamos montando um fundo que receberá verbas para financiar as políticas de empregabilidade na cidade, como os cursos de qualificação profissional, as ações de apoio ao empreendedorismo e as organizações de economia solidária e associativa. Além disso, vamos inaugurar, ainda no primeiro semestre do ano que vem, o Centro de Atendimento ao Trabalhador que será um equipamento importante para atender e orientar o niteroiense para o mercado de trabalho. Esse conjunto de iniciativas têm o objetivo de garantir a empregabilidade e a retomada do crescimento econômico da cidade, juntamente com o processo de desburocratização e os investimentos públicos que a Prefeitura tem realizado em Niterói em razão da comemoração dos 450 anos da cidade”, afirmou Brizola Neto.
Ainda de acordo com o coordenador de Trabalho e Renda de Niterói, por meio de publicação em edital, várias empresas já estão sendo selecionadas a fim de ajudarem na implantação do Centro de Atendimento ao Trabalhador. O projeto piloto será um curso de capacitação profissional na área de Saúde, abordando temas como asseio, conservação, cuidados com idosos dentre outros. Esse módulo deverá ter cerca de 240 horas.
Outra medida que permitiu o avanço de Niterói na geração de emprego e renda foi a criação da unidade do Sine, o Sistema Nacional de Empregos, com o oferecimento de serviços como captação de vagas, intermediação de mão-de-obra, habilitação ao seguro-desemprego e carteira de trabalho. A iniciativa é uma parceria da Prefeitura de Niterói com o Governo do Estado do Rio e busca otimizar o acesso ao trabalho, orientar os trabalhadores e adequar a demanda do mercado e da força de trabalho em todos os níveis de capacitação.
“A adesão do município ao Sine vai facultar a Niterói o acesso aos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Segundo a resolução 890 do Codefat – Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador – quando se cria o Conselho Municipal de Trabalho e Renda e o Fundo Municipal de Trabalho, Emprego e Renda o município fica habilitado para receber do FAT a contrapartida para o financiamento das políticas públicas de empregabilidade. Segundo essa resolução, o FAT dobra os recursos colocados no fundo pela Prefeitura. A Lei Orçamentário Anual do município de Niterói previu um investimento de 11 milhões de reais nas políticas públicas de empregabilidade e esse recurso vai receber o aporte de mais 11 milhões de reais do Fundo de Amparo ao Trabalhador, consolidando um orçamento robusto para a promoção das políticas de empregabilidade na cidade”, explicou o coordenador de Trabalho e Renda de Niterói.