Onde estão os quilombolas, indígenas e LGBT+ nos museus brasileiros? Quais os acervos representativos de suas culturas eles preservam? Como são apresentados para a sociedade e de que forma os museus contribuem para seu reconhecimento e valorização? Quem os museus ouvem quando tratam de pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas?
Essas são algumas das questões que estarão em pauta no painel temático “Museus a serviço de todos: pertencimento e cultura em foco” no sábado, dia 23, às 14 horas, no Cinema 1 – no térreo do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. A atividade é parte da 17a Primavera dos Museus, uma iniciativa anual do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que acontece de 18 a 24 de setembro deste ano.
As convidadas do CCBB Educativo – Lugares de Culturas para o debate são Agrippina R. Manhattan, travesti, artista e professora; Melissa Coelho, indígena da etnia Xakriabá, atriz, bonequeira e contadora de histórias e Ione do Carmo, militante antirracista e professora que pesquisa as comunidades quilombolas do Sudeste brasileiro.
A visitação à exposição “Evandro Teixeira. Chile 1973”, ganha novos horários e segue até 11 de novembro. Outra visita mediada, a Patrimônio: Caminhos da Memória, apresenta o passado através da arquitetura e conta as histórias do prédio do CCBB Rio. Ainda no campo da investigação a atividade Pequenos Exploradores, mostra a história do CCBB às famílias de um modo diferente. A viagem começa no quinto andar, onde os participantes buscam na biblioteca uma pista que permite acessarem orientações para outras etapas sucessivas, envolvendo bilhetes, baús e mapas, numa verdadeira caça aos segredos da história.
Já aqueles que desejam se aventurar na criação musical, a atividade CriaSom, inspirada em Heitor dos Prazeres permanece em cartaz até o dia 30 de setembro. A atração, envolve instrumentos musicais não convencionais, como um pet fone (garrafas pet cheias de ar comprimido) tocado com baquetas e um “xilofone” de sinos. O público é convidado, ainda, a ler uma partitura e a tocar as letras de sambas conhecidos. Ouvem músicas como “Pierrot apaixonado” e “Eu cheguei moçada” e são incentivados a dançarem ou se moverem no ritmo da música e participarem de um bloco de carnaval, no qual podem cantar, dançar e tocar os instrumentos criados.
O Livro Vivo, que permite a criação coletiva de um livro a partir de palavras e imagens dispostas num cubo, é outra das atividades. A ideia é brincar com a tridimensionalidade do livro e com as possibilidades de diferentes leituras. A atividade também acontece nos sábados e domingos, às 15h. No sábado, dia 23/09, acontece a Hora do Conto – Patrimônio Histórias de Memórias, quando histórias da cultura popular e da literatura universal são apresentadas por educadores, por vezes acompanhados de instrumentos musicais e bonecos. A proposta é viver experiências a partir da ficção, já que as histórias são capazes de nos levar para lugares distantes, para conhecer outras culturas e visões de mundo.
Todas as atividades são gratuitas e o Centro Cultural Banco do Brasil fica na Rua Primeiro de Março, 66 no Centro do Rio de Janeiro.
Fonte: Raquel Moraes