Na programação do mês de novembro, oficinas, apresentações e contações baseadas na cultura afrobrasileira
Novembro é o mês em que se comemora o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra e a programação do Museu do Pontal vai se voltar para difundir e pensar as tradições populares afrobrasileiras, que se destacam em diferentes regiões do país. Haverá oficinas, contações de histórias e shows com ritmos e danças de origem africana. Neste sábado, dia 2, às 16h, acontece a apresentação Memórias e tradições do Tambor de crioula do Maranhão com Mestre Xavier e coletivo As Três Marias. Enquanto o público aprecia a dança e o ritmo, o artista e percussionista maranhense Mestre Xavier contará histórias desta tradição afrobrasileira. No domingo, às 16h, haverá a oficina de Danças Ambientais, ministrada pelo professor e dançarino Luan da Silva Gustavo. Quem participar vai aprender danças como jongo, coco, ciranda e samba. Toda programação do Museu é gratuita.
E novembro vai começar também colocando o futuro da maior região do Rio de Janeiro em pauta! O Fórum Ilumina Zona Oeste, que acontece no dia 7 (quinta-feira), das 8h30 às 19h, vai discutir temas relevantes para a região, inspirado na agenda global do G20. A iniciativa conta com o apoio do Museu do Pontal, importante equipamento cultural do país, que, além de ter um dos maiores acervos de cultura popular brasileira, tem se consolidado como espaço de diálogos e discussões essenciais para a rede da economia criativa e cultural da Zona Oeste.
O Museu do Pontal, por meio da lei federal de incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como patrocinador estratégico e como patronos o BNDES, Itaú, Repsol Sinopec Brasil e a Ternium, além da Prefeitura do Rio.
Confira a programação completa!
02/11 – Memórias e tradições do Tambor de crioula do Maranhão com Mestre Xavier e coletivo As Três Marias
Sábado, às 16h – O encontro vai colocar em prática o batuque, a dança e o canto do tambor de crioula do coletivo Três Marias, formado por músicos, artistas plásticos e pesquisadores. Embalando a dança, as narrativas da trajetória desta prática relatadas por Mestre Xavier, artista e percussionista do Maranhão. O tambor de crioula é uma tradição afrodiaspórica, que acontece no estado do Maranhão. Três tambores de madeira firmam a instrumentação chamada de Parelha, enquanto mulheres dançam com suas saias rodadas.
03/11 – Danças Ambientais
Domingo, às 16h – Oficina ministrada pelo professor e dançarino Luan da Silva Gustavo, de danças populares brasileiras, como jongo, coco, ciranda e samba.
09/11 – José Bezerra e artistas do Vale do Catimbau
Sábado – a partir das 14h – O Museu do Pontal realizará uma grande homenagem aos artistas do Vale do Catimbau, com a abertura da exposição José Bezerra e artistas do Vale do Catimbau, o lançamento do documentário José Bezerra, artista, participação do artista no evento e show do cantor e compositor pernambucano Siba.
10/11 – Oficina de Isogravura
Domingo, às 16h – Oficina de introdução à técnica da gravura. Pensando em oferecer o aprendizado desta técnica de maneira segura e acessível, principalmente para as crianças, a artista Val Pires propõe a isografia, que consiste na reprodução de imagens a partir de carimbos feitos no isopor. A oficina faz parte do projeto artístico Xilopretura, que une a técnica da xilogravura ao universo da mulher preta.
16/11 – Oficina Musical Antirracista da MPBIA
Sábado, às 16h – O professor e músico Allan Pevirguladez apresenta, em formato de oficina musical, parte do repertório do projeto Música Popular Brasileira Infantil Antirracista (MPBIA). A partir do canto e da composição de músicas, as crianças vão pensando sobre o significado das letras. A prática antirracista através da arte, desenvolvida por Allan, tem influenciado pedagogos, professores e teses de mestrado.
17/11- Oficina Voz (en)Canto
Domingo, às 16h – Oficina de aprendizagem de cantos afrobrasileiros, com a cantora e educadora musical Nivea Magno.
23/11 – Iroko
Sábado, às 16h – Contação de histórias africanas, pelo artista multilinguagem e educador Anderson Barreto. Segundo o povo iorubá, no começo do mundo, a primeira árvore a ser plantada foi o Iroko. Guardiã dos segredos que regem o tempo, representa ancestralidade, memória e futuro. Tudo o que pedimos, Iroko pode dar. Mas o que oferecemos em troca?
30/11 – Jongo – História, Sabedoria e Identidade Negra
Sábado, às 16h – A Associação Cultural Sementes D’África fará uma apresentação de jongo e contará histórias sobre o ritmo.
E ainda: Atividades Fixas
Bebês no Museu do Pontal – todo domingo, às 10h e às 11h.
Roda de música, contação de história e movimento inspirada no universo da cultura popular
Visita Musicada – Sábados e domingos, 11h e 15h. Visita pelo acervo do Museu.
Baú de brinquedos populares – Sábados e domingos, 12h e 17h. Um baú de brinquedos populares, como ioiôs, bilboquês, petecas, piões, fantoches, elásticos e cordas para pular, giz para riscar amarelinha e bambolês, é aberto pelos arte-educadores todos os fins de semana, em dois horários. Muitas dessas brincadeiras são baseadas em esculturas vistas nas exposições, especialmente no setor Brincares – brincadeiras e brincantes. A ideia é estimular o público a experimentá-las ao ar livre, na grande praça-jardim, que fica na parte frontal do museu.
Exposições em cartaz
Atualmente, oito mostras estão em cartaz. As coletivas Novos Ares – Museu do Pontal reinventado; O Circo Chegou; Entre beiras e margens – Fogo, água, ar; Brincares; Devoções; Poética da Criação, e Terra – O Jequitinhonha e suas tradições. E a individual J.Borges – O sol do sertão.
Sobre o Museu do Pontal
Situado no Rio de Janeiro, o Museu do Pontal é considerado o maior e mais significativo museu de arte popular do país. Seu acervo – resultado de 45 anos de pesquisas e viagens por todo país do designer francês Jacques Van de Beuque – é composto por mais de 9.000 peças de 300 artistas brasileiros, produzidas a partir do século XX.
Museu do Pontal – Avenida Celia Ribeiro da Silva Mendes, 3.300, Barra da Tijuca. Aberto de quinta a domingo, das 10h às 18h (o acesso às exposições se encerra às 17h30).
Fonte: Renata Magdaleno