Pesquisa realizada em diversos países destaca a importância do cuidado com a saúde mental no período antes e durante a menopausa
Um estudo recente da University College London (UCL) revelou que a perimenopausa, período que antecede a menopausa, está associada a um aumento de 40% no risco de depressão em mulheres. A pesquisa, que analisou dados de 9.141 mulheres de diferentes países, reforça a importância da atenção à saúde mental durante essa fase da vida.
A médica Alexandra Ongaratto, especializada em ginecologia endócrina e climatério e Diretora Técnica do primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, o Instituto GRIS, enfatiza a relevância dos resultados. “O estudo da UCL confirma o que muitas mulheres já vivenciam: a perimenopausa pode ser um período desafiador do ponto de vista emocional. É fundamental que as mulheres estejam cientes dos riscos e busquem ajuda profissional caso necessitem”, afirma.
Vanessa Oliveira, 43 anos, sempre foi uma mulher ativa e independente. Mas nos últimos meses, algo diferente estava acontecendo. Ela se sentia cada vez mais desanimada e sem energia. As tarefas do dia a dia pareciam um fardo, e seu dia a dia deu lugar a uma tristeza persistente.
Preocupada com sua saúde mental, Vanessa decidiu procurar ajuda médica. Durante a consulta, ela descobriu que estava na perimenopausa, período marcado por diversas mudanças hormonais.
Sintomas e diagnóstico
Alexandra explica que a perimenopausa é caracterizada por uma série de sintomas físicos e emocionais, como “irregularidades menstruais com ciclos anormais ou mais frequentes e alterações de humor com oscilações de humor, ansiedade, irritabilidade e até mesmo depressão”, cita. Outros sintomas incluem:
O diagnóstico da perimenopausa é feito por meio da avaliação médica, levando em consideração os sintomas, idade e histórico da paciente. A médica enfatiza que exames de sangue podem auxiliar na confirmação do diagnóstico e na avaliação dos níveis hormonais.
Tratamento e prevenção
Embora a perimenopausa seja um processo natural, o tratamento pode ser necessário para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da mulher. As opções incluem:
Riscos associados à menopausa:
Além da depressão, a menopausa também está relacionada a outros riscos à saúde, como:
Manter um estilo de vida saudável e realizar acompanhamento médico regular são essenciais para prevenir e gerenciar os riscos associados à menopausa. Alexandra ressalta que “a menopausa não precisa ser um período de sofrimento. Com acompanhamento adequado e medidas preventivas, as mulheres podem enfrentar essa fase da vida com mais saúde e qualidade de vida”.
Tratamento da menopausa pelo SUS
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal aprovou um projeto de lei que prevê tratamento para mulheres em climatério e menopausa pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A iniciativa também institui a Semana Nacional de Conscientização para Mulheres na Menopausa ou em Climatério.
O projeto, agora encaminhado para análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), prevê que o SUS deve oferecer serviços de saúde específicos para mulheres que enfrentam esse período de transição, utilizando sua rede de unidades públicas ou conveniadas. Entre os serviços estão medicamentos hormonais e não hormonais, o SUS vai passar a disponibilizar os principais hormônios aprovados para a terapia de reposição hormonal, além de alternativas para mulheres com contraindicações.
Instituto GRIS
O Instituto GRIS, tem como compromisso priorizar o bem-estar e a saúde feminina. Sediado em Curitiba, é pioneiro como o primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, agregando as mais avançadas tecnologias para o cuidado da saúde íntima feminina. Seu enfoque abrangente e especializado combina inovação e dedicação, ajudando as mulheres a assumirem o protagonismo em suas jornadas de saúde.
Fonte: Lucas Vichinheski