Viva Água reúne atores de diferentes setores da sociedade a favor de ações que contribuam com a segurança hídrica, adaptação às mudanças climáticas e estímulo ao empreendedorismo de impacto positivo em 17 municípios da região
Lançado oficialmente nesta semana no Rio de Janeiro, o movimento Viva Água tem por objetivo promover o desenvolvimento sustentável nos 17 municípios da bacia hidrográfica da Baía da Guanabara. A iniciativa tem o propósito de fortalecer a segurança hídrica, promover a adaptação às mudanças climáticas e fomentar o empreendedorismo sustentável em toda a região da bacia hidrográfica.
Liderado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Comitê de Bacia da Baía de Guanabara, Instituto humanize, Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e o Sistema B, o movimento reúne – em torno de um objetivo comum – empresas, poder público, organizações da sociedade civil, universidades, governos e uma rede de impacto com representantes da sociedade que atuam em diferentes setores. O lançamento do movimento ocorrerá durante o Seminário Ação Ambiental 2021, da Firjan.
As organizações buscarão soluções para grandes desafios socioambientais dos municípios que integram a Baía de Guanabara. “Os sistemas naturais da região sofrem severas pressões, com impactos no bem-estar humano e desenvolvimento econômico. Precisamos promover ações que minimizem os impactos das mudanças climáticas e garantam a segurança hídrica, pois há risco na oferta de água. Outra questão-chave a ser enfrentada é o atual modelo de desenvolvimento, que não considera a conservação da biodiversidade como estratégia para beneficiar todo o território”, analisa André Ferretti, gerente sênior de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário.
A partir da soma de esforços das organizações integrantes do movimento e dos parceiros, o Viva Água conta com um plano estratégico composto por cinco eixos de atuação: cadeias produtivas da sociobiodiversidade e empreendedorismo de impacto; infraestrutura natural; finanças sustentáveis; indústrias e cadeias de valor sustentáveis; e comunicação para a sensibilização da sociedade. Em cada eixo foram estabelecidas prioridades de trabalho, estratégias e táticas de atuação e, a partir de 2022, serão definidos os produtos e entregas a serem viabilizados dentro de cada eixo.
“Essa união de esforços e planejamento integrado são fundamentais para enfrentar os desafios ambientais do nosso estado. O desenvolvimento econômico do estado do Rio e a garantia de qualidade de vida para a população passam pela defesa do meio ambiente”, destaca o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.
NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS
O 1º Mapa de Negócios Sustentáveis da Baía de Guanabara, lançado em julho deste ano, buscou mapear o ecossistema de negócios na região e identificou 69 empreendimentos que promovem impacto socioambiental nos municípios ligados à baía. Um dos objetivos do Viva Água é criar mecanismos para financiar a expansão de negócios como esses, além de oferecer capacitação, apoio técnico, mentorias e conexão com mercados. Em 2021, o Programa Natureza Empreendedora apoiou 13 negócios nesse caminho. “A região hidrográfica da Baía de Guanabara tem grande potencial para o desenvolvimento de negócios que contribuam para a conservação da natureza e a preservação da biodiversidade. Precisamos apoiar e fortalecer os empreendedores que já estão trilhando caminhos inovadores e sustentáveis, e ainda precisam de um incentivo para estruturar melhor suas empresas e ampliar o alcance de suas iniciativas”, explica Ferretti.
Fazem parte da bacia hidrográfica da Baía de Guanabara os municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, ltaboraí, Magé, Mesquita, Nilópolis, Niterói, São Gonçalo, São João de Meriti e Tanguá, além de parte de Cachoeiras de Macacu, Maricá, Nova Iguaçu, Petrópolis, Rio Bonito e Rio de Janeiro. Fonte: Temer Comunicação