Equipes percorrem as enfermarias para orientar as mães
A importância do aleitamento materno é repassado para todas as mamães que tiveram seus bebês na Maternidade Municipal Dr. Mário Niajar, em Alcântara. Diariamente, o pediatra, enfermeiros e técnicos passam em todas as enfermarias da unidade para orientar as puérperas. Não só orientação, mas ensinamentos, estímulos e muito carinho são repassados para que a amamentação ocorra o mais naturalmente possível.
A intenção é fazer com que as mães alimentem os bebês somente com o leite materno até os seis meses de idade. Para isso, elas passam em cada leito ensinando como amamentar e, principalmente, como driblar todas as dificuldades que possam aparecer, como fissuras no mamilo, mamilo plano ou invertido, pega incorreta ou a falta dela e traumas psicológicos que muitas mães têm devido às experiências anteriores. Aquelas que têm dúvidas também ficam à vontade para esclarecê-las.
“Visitamos todas as enfermarias e ficamos disponíveis no decorrer do dia. Caso elas tenham alguma dificuldade, elas nos chamam e a gente vem para o auxílio. Muitas mães, às vezes, não querem amamentar por falta de informação, por ter informação errada ou algum trauma. E, muitas vezes, elas só precisam de uma orientação, de um profissional qualificado para ensinar. A gente ensina a maneira certa. Ela aprende que o aleitamento tem que ser prazeroso, que o filho dela depende daquilo. Quando percebemos que não conseguimos resolver, encaminhamos para a psicóloga e assistente social”, explicou a enfermeira Regina Carreira.
Kayllane da Silva Oliveira, dona de casa de 20 anos, deu à luz ao seu primeiro filho: Ravi Emanuel, teve dificuldade e foi ajudada pela equipe do aleitamento. “O meu bico é plano. Ela me mostrou como fazer e como colocar na posição para ajudar na respiração. E já está ajudando. Quando ele terminar de mamar, vou fazer a massagem para o bico não ficar machucado. Não sabia de nada disso. Foi muito importante essa orientação. Ela que me ajudou. Talvez, se não tivesse essa orientação, podia ter desistido de amamentar”, disse Kayllane.
O leite materno é o único e essencial alimento para os bebês e pode ser oferecido com exclusividade até os seis meses de vida.
“Tentamos de tudo para não dar o leite artificial como complemento para os bebês. A equipe é treinada para fazer o possível na adaptação de mãe e filho para que o aleitamento materno seja possível. Falamos da importância do leite materno como um alimento completo, que passa os anticorpos da mãe para a proteção da criança. Não tem outro leite melhor do que o materno. É promoção para a qualidade de vida do bebê e da mãe, pois diminui as chances de aparecimento do câncer de mama e ajuda na recuperação materna no período pós-parto. A orientação certa faz toda a diferença”, disse a diretora médica da maternidade, Dr. Adriana Freire.
A dona de casa Yane Paixão de Carvalho, 22, tinha acabado de ter Liz Paixão de Carvalho e precisou de ajuda. “Eu não estou sabendo amamentar. Por mais que seja a minha segunda filha, a primeira eu não amamentei porque faleceu novinha. Então, é uma experiência muito nova. Eu estou tentando dar de mamar e ela não está pegando de jeito nenhum. Preciso desse suporte. A gente que é mãe fica nervosa e, nessa hora, qualquer ajuda é bem-vinda”, opinou Yane.
O aleitamento materno é o primeiro hábito alimentar saudável e é preciso apoiar, proteger e incentivar. A rede de apoio também é muito importante para as mães.
“O leite materno é o alimento mais completo que existe para o bebê. A criança que mama no peito tem mais saúde e adoece menos. Por isso, fazemos questão de ter esses encontros de incentivo ao aleitamento na maternidade. Esse trabalho reflete em menos idas ao médico e internações”, reforçou o secretário de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo, Dr. Gleison Rocha.