2 - Grupo Luara e as Comadres

Foto/Divulgação: Grupo Luara e as Comadres

Trabalho inaugural do grupo conta com diversas participações, como Elisa Lucinda, Marina Iris, Nilze Carvalho e Alessandra Leão

 As mulheres do Samba tiveram sua importância minimizada por muito tempo e até hoje silenciada em muitos contextos. Cantar as sambistas de ontem e de hoje é a missão do grupo “Luara e as Comadres”, que lança seu primeiro álbum, disponível nas plataformas digitais. O trabalho homônimo conta com participações de Elisa Lucinda, Marina Iris, Nilze Carvalho, Alessandra Leão, Samara Líbano, Yaya do Cavaco e Katia Preta. 

 Idealizado pela cantora e multi-instrumentista Luara Oliveira, o projeto nasceu em 2018 a partir das rodas de samba promovidas na Ilha dos Pescadores, em Ubatuba, no litoral paulista. Formado com as “comadres” Marilua Azevedo (percussão), Raquel Nascimento (pandeiro), Carol D’Ávila (flauta), Ludmila Santos (surdo) e Laura do Cavaco (cavaquinho), o grupo tem como proposta homenagear a forte e marcante influência das mulheres nas origens e raízes do samba na história, fruto de uma longa pesquisa que culmina no álbum.  

 – Buscamos valorizar e exaltar a cultura da roda de samba: um ritual secular, tido como a verdadeira semente da música brasileira. Em nossa pesquisa, além do resgate e interpretações das obras de grandes artistas mulheres, buscamos inserir novos sambas contemporâneos de jovens compositoras – explica Luara.

Foto/Divulgação: Grupo Luara e as Comadres

 Passado, presente e futuro

A artista conta que não é novidade descobrir artistas mulheres apagadas por terem suas obras apropriadas por homens ao longo da história. Rodas de samba, composições, palcos e as celebridades eram todas figuras masculinas em territórios dominados por homens.

Ainda assim, sambistas mulheres de ontem e hoje abriram caminho, ultrapassando a posição objetificada de “musa inspiradora” ou de “dançarina”, e deixaram seu legado para que novas gerações pudessem obter mais e mais êxito, espaço e reconhecimento como compositoras, intérpretes e instrumentistas – destaca.

Foto/Divulgação: Grupo Luara e as Comadres

 Algumas das grandes expoentes dessa legião de sambistas colaboram com o trabalho do grupo. Marina Iris participa da faixa “Hoje tem Batucada”, já Nilze Carvalho, de “Vento Dançador”. Isso sem falar nas musicistas Samara Líbano, no violão de sete cordas, Yaya do Cavaco e Katia Preta, no trombone. A multiartista capixaba Elisa Lucinda, em “Xangô é meu Rei”, e a cantora e compositora pernambucana Alessandra Leão, em “Boa Hora”, completam as presenças ilustres. Das setes canções que compõem o álbum, três ganharam registros em clipe: “Xangô é meu Rei”, “Colcha de Retalhos” e “Vento Dançador”.

 

Foto/Divulgação: Grupo Luara e as Comadres

 Com uma profunda ligação com o Samba, tradições populares e a MPB, Luara iniciou como cantora profissional em 2009 integrando diversos grupos musicais em apresentações por várias cidades. Em 2011, iniciou seus estudos e pesquisas sobre o Samba de Raiz e o Choro, fundando com outros parceiros o grupo “Mistura e Manda”. Por suas múltiplas e encantadoras performances, agregou e desenvolveu seu talento em rodas de samba e choro por São Paulo, Rio de Janeiro e Vale do Paraíba, sempre estudando a linguagem popular e promovendo a fusão de ritmos brasileiros.

Para ouvir “Luara e as Comadres”, acesse https://spotify.link/J48Fs7sjBDb

 

 

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