A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), através da sua vinculada Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ, lançou a versão 2020 dos Programas Cientista do Nosso Estado e Jovem Cientista do Nosso Estado.
Os dois programas mais aguardados: Cientista do Nosso Estado e Jovem Cientista do Nosso Estado, também conhecidos como Bolsas de Bancada para Projetos (BBP), concederão bolsas mensais, por até 36 meses, para que os pesquisadores possam executar seus projetos. No caso do Cientista do Nosso Estado, serão até 350 bolsas no valor de R$ 3 mil mensais; já para Jovem Cientista do Nosso Estado serão até 150 bolsas mensais de R$ 2,4 mil. Os dois editais somam um investimento de pouco mais de R$ 50 milhões para a Ciência, Tecnologia e Inovação fluminense durante os próximos três anos.
Para o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), Doutor Serginho, a concretização do lançamento desses dois importantes programas simboliza uma grande conquista para a produção científica fluminense, que recebe aporte para a sua continuidade. “Com esses programas, estabelecemos um ciclo virtuoso, no qual estimulamos que nossos pesquisadores continuem no estado exercendo seus trabalhos e contribuindo significativamente para o desenvolvimento científico, social e econômico local”, ressaltou o secretário.
Considerado um dos programas-símbolo da FAPERJ, o Cientista do Nosso Estado (CNE) é uma referência no apoio a projetos coordenados por pesquisadores de reconhecida liderança em sua área, vinculados a instituições de ensino e pesquisa sediadas no Estado do Rio de Janeiro. As bolsas CNE destinam-se a apoiar, por meio de concorrência pública, projetos coordenados por pesquisadores de reconhecida liderança em sua área, com vínculo empregatício em instituições de ensino e pesquisa sediadas no Estado do Rio de Janeiro.
O programa CNE foi lançado em 1999, concedendo 340 bolsas a pesquisadores de todas as áreas de pesquisa, numa iniciativa pioneira que desburocratizou a forma de financiamento à pesquisa e inovação no estado e no País, representando uma reafirmação da importância dos cientistas no Estado do Rio de Janeiro. Em função do êxito do programa, o número de bolsas foi sendo aumentado ao longo dos anos. Atualmente, a FAPERJ apoia cerca de 399 pesquisadores com a bolsas de bancada CNE.
A fim de ampliar o alcance do Cientista do Nosso Estado a pesquisadores em estágio inicial de suas carreiras, a FAPERJ lançou, em 2002, o Programa Jovem Cientista do Nosso Estado (JCNE), concedendo 46 bolsas em sua primeira edição. Atualmente, a FAPERJ conta com 314 pesquisadores apoiados com bolsas de bancada JCNE.
Segundo o presidente da Fundação, Jerson Lima Silva, esses programas garantiram a sobrevivência da pesquisa e da inovação no estado nos anos de crise financeira, em especial entre 2015 e 2019. “Sem o pagamento consistente das bolsas de bancada aos pesquisadores que são Cientista e Jovem Cientista do Nosso Estado, muitos centros e grupos de pesquisa teriam deixado de existir, sem falar dos pesquisadores que teriam deixado o estado ou mesmo o País em busca de melhores condições para continuarem com seus projetos. Principalmente, não teríamos tido condições de enfrentar de forma eficaz epidemias como a da Dengue e da Zika, e mais recentemente a pandemia do COVID-19. CNE e JCNE consolidados como programas anuais tornam o estado mais bem preparado para lidar com os desafios não apenas na área da saúde, mas também no que diz respeito ao urbanismo, economia, ecologia, energia limpa, entre outros.”
ELEGIBILIDADE
Os proponentes ao programa Cientista do Nosso Estado devem possuir vínculo empregatício ou funcional com centros de pesquisas, universidades ou instituições de ensino e pesquisa sediadas no estado do Rio de Janeiro. Pesquisadores eméritos ou aposentados poderão concorrer ao edital, desde que o vínculo seja comprovado por documento oficial da instituição, atestando efetiva participação na pesquisa a ser desenvolvida; grau de doutor e reconhecida liderança em sua área, com produção científica e/ou tecnológica de alta qualidade no período entre 2015 a 2020, compatível com o nível de pesquisador 1 do CNPq, segundo critérios da área a qual o pesquisador está vinculado. O candidato deve demonstrar capacidade de orientação de alunos de pós-graduação através da comprovação de, no mínimo, uma orientação de doutorado concluída, estar orientando alunos de pós-graduação (mestrado e/ou doutorado) no momento da solicitação e capacidade de captação de recursos financeiros para financiamento à pesquisa por meio de agências de fomento nacionais, estaduais ou internacionais, pró-reitorias, fundações e empresas públicas ou privadas.
Para o programa Jovem Cientista do Nosso Estado será necessário ter obtido grau de doutor — com data de defesa do doutoramento a partir de 1º de agosto de 2009 — e possuir liderança em sua área, com produção científica e/ou tecnológica de alta qualidade nos últimos cinco anos, segundo critérios de sua respectiva área; vínculo empregatício ou funcional com centros de pesquisas, universidades ou instituições de ensino e pesquisa sediadas no estado do Rio de Janeiro. O candidato deve demonstrar capacidade de orientação de alunos de pós-graduação através da comprovação de, no mínimo, uma orientação de mestrado em andamento e de captação de recursos financeiros para financiamento à pesquisa de agências de fomento nacionais, estaduais ou internacionais, pró-reitorias, fundações e empresas públicas ou privadas.
Pesquisadores contemplados nos editais Cientista do Nosso Estado 2017 ou Jovem Cientista do Nosso Estado 2017 que apresentarem propostas nesta edição deverão comprovar, obrigatoriamente, uma das três atividades científicas / tecnológicas (palestra, curso, exposição etc.) realizadas em escolas públicas (níveis fundamental ou médio) sediadas no estado do Rio de Janeiro, dentro dos anos de vigência da bolsa de bancada.
A avaliação dos projetos caberá a um Comitê Especial de Julgamento, designado pela diretoria da FAPERJ, que analisará as propostas considerando o mérito técnico e/ou científico, o potencial de inovação e viabilidade da proposta, a adequação dos métodos e do cronograma de atividades, a qualificação do proponente em relação às atividades previstas, entre outros.
Os recursos obtidos deverão ser aplicados em itens ou rubricas relativas ao projeto, desde que sejam observadas as regras constantes no Manual de Prestação de Contas da FAPERJ, além de orientações complementares expedidas para esse fim pelo setor de Auditoria Interna ou pela diretoria da Fundação.
A submissão de projetos para o programa Cientista do Nosso Estado e Jovem Cientista do Nosso Estado poderá ser feita até o dia 04 de fevereiro de 2021. A divulgação dos resultados para ambos os editais está prevista para ser realizada a partir de 20 de maio de 2021.