O esporte sudamericano compete de igual a igual com potências mundiais.
Com um total de 150 medalhas, das quais 37 são de ouro, 42 de prata e 71 de bronze, o Brasil ocupa a 27ª posição no quadro mundial de medalhas olímpicas.
A América Latina é uma região que se destaca pela natureza, cultura e também pela paixão pelo esporte. No cenário olímpico, essa paixão se traduz em um desempenho excepcional, com diversos países sul-americanos se consolidando como potências esportivas.
Neste artigo, vamos mergulhar no fascinante mundo do esporte sul-americano nas Olimpíadas, explorando os países que conquistaram o maior número de medalhas e analisando os fatores que impulsionam seu sucesso.
Cuba: A Pérola do Caribe e Líder Indiscutível
Cuba se ergue como o gigante indiscutível do esporte sul-americano nas Olimpíadas, ostentando um impressionante total de 235 medalhas, distribuídas em 84 de ouro, 69 de prata e 82 de bronze.
Seu domínio remonta às primeiras décadas do século XX, com figuras lendárias como o esgrimista Ramón Fonst e o velocista Enrique Figuerola. O boxe, o atletismo e o judô são algumas de suas áreas fortes tradicionais, embora nos últimos jogos tenham se destacado em disciplinas como a luta e o taekwondo.
Brasil: Um Gigante em Ascensão
O Brasil, o maior país da América do Sul, também ostenta um lugar privilegiado no medalheiro olímpico. Com um total de 150 medalhas, das quais 37 são de ouro, 42 de prata e 71 de bronze, o Brasil se posiciona como a segunda potência esportiva da região.
Sua ascensão foi notável nas últimas décadas, especialmente a partir da década de 1980. O vôlei, o futebol e a natação são algumas de suas disciplinas mais bem-sucedidas, embora também tenham conquistado medalhas em ginástica, atletismo e vela.
Ao leme desta jornada pelo mar de medalhas brasileiras encontramos dois titãs da vela: Robert Scheidt e Torben Grael. Ambos dividem a honra de serem os atletas brasileiros com maior número de medalhas olímpicas, com um total impressionante de 5 medalhas cada um.
Scheidt, conhecido como o “Maestro da Vela”, conquistou dois ouros, duas pratas e um bronze nas edições de Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008. Já Grael, apelidado de “Rei da Vela”, navegou para três ouros e duas pratas em Los Angeles 1984, Seul 1988 e Atlanta 1996.
Em águas mais calmas, Isaquias Queiroz emerge como o maestro da canoagem velocidade. Com 4 medalhas, duas de ouro e duas de prata, Queiroz dominou as pistas olímpicas desde Londres 2012 até Rio 2016.
Na raia da natação, Gustavo Borges se destaca como uma figura lendária. Acumulando 4 medalhas, duas de prata e duas de bronze, Borges brilhou nas piscinas de Seul 1988, Barcelona 1992 e Atlanta 1996.
Brasil no Cenário Olímpico: Uma Trajetória Ascendente
Analisando o quadro de medalhas por edição dos jogos, observamos uma trajetória ascendente do desempenho do Brasil. Desde um início discreto em Antuérpia 1920, a nação foi escalando posições, consolidando-se como uma potência esportiva nas últimas décadas.
Um Brilho Dourado: Tóquio 2020 e Rio 2016
As edições mais exitosas para o Brasil foram Tóquio 2020 e Rio 2016, ambas com 7 medalhas de ouro. Em Tóquio, a delegação brasileira se destacou em disciplinas como ginástica artística, surfe e skate, enquanto que no Rio, brilharam no futebol, vôlei e ginástica artística.
Edição | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Tóquio 2020 | 7 | 6 | 8 | 21 |
Rio 2016 | 7 | 6 | 6 | 19 |
Londres 2012 | 3 | 5 | 9 | 17 |
Pequim 2008 | 3 | 4 | 10 | 17 |
Atenas 2004 | 5 | 2 | 3 | 10 |
Sydney 2000 | 0 | 6 | 6 | 12 |
Atlanta 1996 | 3 | 3 | 9 | 15 |
Barcelona 1992 | 2 | 1 | 0 | 3 |
Seul 1988 | 1 | 2 | 3 | 6 |
Los Angeles 1984 | 1 | 5 | 2 | 8 |
Moscou 1980 | 2 | 0 | 2 | 4 |
Montreal 1976 | 0 | 0 | 2 | 2 |
Munique 1972 | 0 | 0 | 2 | 2 |
Cidade do México 1968 | 0 | 1 | 2 | 3 |
Tóquio 1964 | 0 | 0 | 1 | 1 |
Roma 1960 | 0 | 0 | 2 | 2 |
Melbourne 1956 | 1 | 0 | 0 | 1 |
Helsinque 1952 | 1 | 0 | 2 | 3 |
Londres 1948 | 0 | 0 | 1 | 1 |
Antuérpia | 1 | 1 | 1 | 3 |
Argentina: Um Clássico do Esporte Sul-Americano
A Argentina, berço de lendas como Diego Maradona e Gabriela Sabatini, não podia faltar neste pódio. Com um total de 77 medalhas, das quais 21 são de ouro, 25 de prata e 31 de bronze, a Argentina se posiciona como o terceiro país sul-americano com mais medalhas olímpicas.
O futebol, o hóquei sobre grama e o tênis são alguns de seus esportes mais destacados, mas também conquistaram sucessos em disciplinas como atletismo, natação e boxe.
Outros Baluartes Esportivos
Além dos três titãs, a América do Sul conta com outros países que brilharam nas Olimpíadas. A Colômbia conquistou 34 medalhas, destacando-se no atletismo, ciclismo e levantamento de peso. A Venezuela, com 19 medalhas, encontrou seu nicho em esportes como a natação, o tiro e o boxe.
O Equador, com 12 medalhas, surpreendeu no atletismo e na marcha atlética, enquanto o Chile, com 13 medalhas, teve um desempenho notável na ginástica e no tênis.
Nº | País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
1 | Cuba | 84 | 69 | 82 | 235 |
2 | Brasil | 37 | 42 | 71 | 150 |
3 | Jamaica | 26 | 36 | 25 | 87 |
4 | Argentina | 21 | 26 | 30 | 77 |
5 | México | 13 | 24 | 36 | 73 |
6 | Colômbia | 5 | 13 | 16 | 34 |
7 | Venezuela | 3 | 7 | 9 | 21 |
8 | Trinidad y Tobago | 3 | 5 | 11 | 19 |
9 | Bahamas | 8 | 2 | 6 | 16 |
10 | Chile | 2 | 7 | 4 | 13 |
11 | República Dominicana | 3 | 5 | 4 | 12 |
12 | Puerto Rico | 2 | 2 | 6 | 10 |
13 | Uruguay | 2 | 2 | 6 | 10 |
14 | Ecuador | 3 | 2 | 0 | 5 |
15 | Perú | 1 | 3 | 0 | 4 |
16 | Costa Rica | 1 | 1 | 2 | 4 |
17 | Panamá | 1 | 0 | 2 | 3 |
18 | Surinam | 1 | 0 | 1 | 2 |
19 | Haití | 0 | 1 | 1 | 2 |
20 | Antillas Neerlandesas | 0 | 1 | 0 | 1 |
21 | Guatemala | 0 | 1 | 0 | 1 |
22 | Paraguay | 0 | 1 | 0 | 1 |
23 | Guyana | 0 | 0 | 1 | 1 |
Um Futuro Brilhante para o Esporte Sul-Americano
O panorama do esporte sul-americano nas Olimpíadas é extremamente positivo. Com uma base sólida de talento, programas de desenvolvimento eficazes e um crescente apoio do governo e da sociedade, a região está preparada para continuar conquistando sucessos nas próximas edições olímpicas.
Sem dúvida, a América do Sul se tornou uma força dominante no esporte mundial, e seu futuro nas Olimpíadas está cheio de promessas.
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Fonte: Caludio Bravo