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Manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na pele, diminuição da força muscular e perda da sensibilidade em algumas partes do corpo. Estes são alguns sintomas da Hanseníase, doença infecciosa e contagiosa, que após 13 anos de queda do número de casos voltou a crescer em 2018, alcançando mais de 28 mil pessoas em todo país, um aumento de 14% comparado a 2016, segundo o Ministério da Saúde. Ainda alvo de muito preconceito devido à falta de informação, em São Gonçalo, no Janeiro Roxo, mês de conscientização da doença, a Secretaria Municipal de Saúde realiza atividades em todas as unidades informando a população sobre formas de contágio e tratamento. Em 2016, o Ministério da Saúde oficializou o Janeiro Roxo com a proposta de realizar campanhas educativas, uma vez que o Brasil é o segundo país no mundo em número de casos, atrás apenas da Índia. Em São Gonçalo, através da Secretaria de Saúde, existe a possibilidade de diagnóstico e tratamento pelo Programa de Controle Municipal de Hanseníase. Para isso, o município disponibiliza três unidades: Polo Sanitário Hélio Cruz, no Alcântara; Polo Sanitário Washington Luiz, no Zé Garoto e Polo Sanitário Rio do Ouro. Os equipamentos contam com uma equipe multiprofissional composta por Dermatologistas, Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Assistente Social e Fisioterapeuta. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A doença afeta principalmente a pele e os nervos da face, dos braços, mãos, pernas e pés. Sua transmissão acontece de pessoas doentes sem tratamento para pessoas saudáveis, através das vias aéreas superiores (tosse, espirro, fala). O tratamento é simples e gratuito, com duração de seis meses a um ano, onde o paciente recebe gratuitamente os medicamentos para ingestão via oral. Se seguir o tratamento cuidadosamente, o paciente recebe alta por cura. De acordo com a coordenadora do Programa, a enfermeira Mariana Latanzzi, além das unidades especializadas, todas as Unidades Básicas de Saúde possuem profissionais capacitados para realizar avaliação clínica em pacientes com sinais e sintomas relacionados à Hanseníase. E, caso haja suspeita da doença, o paciente é encaminhado ao Programa de Hanseníase da unidade de referência mais próxima da sua residência.

“A campanha Janeiro Roxo é um ótimo incentivo para divulgação da doença, realizaremos no nosso município durante todo mês de janeiro, nas nossas unidades de saúde, eventos para realizar a divulgação e informação sobre a doença à população. É muito importante o diagnóstico precoce, pois a doença quando diagnosticada tardiamente pode causar sequelas irreversíveis, causando incapacidades ao paciente. Quanto mais cedo iniciado o tratamento, menores são as complicações. Se você tiver alguns dos sinais e sintomas suspeitos procure o mais breve possível uma unidade de saúde para avaliação. A Hanseníase tem cura e tratamento gratuito disponível pelo SUS!”, destacou a coordenadora.

 

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