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O ministro Paulo Pimenta (Secom) durante o debate sobre fake news. Foto/Divulgação: Lucas Leffa / Secom

Em debate sobre fake news, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República Paulo Pimenta defende que veículos de comunicação e poder público precisam recuperar papel de validação das notícias
 

Segundo o ministro, a imprensa poderia retomar um espaço de validação das informações que sempre exerceu. “A imprensa é peça-chave. Tem esse poder de dissuadir uma determinada informação mentirosa. Constranger essa informação”. 

Pimenta lembrou que imprensa, poder público, igreja e academia sempre cumpriram esse papel balizador, que acabou se perdendo com a disseminação de conteúdos falsos pelas redes digitais nos últimos anos. 

Para o ministro da Secom, o contexto de golpes financeiros e questões de saúde resultantes de disseminação de notícias falsas pela internet cria um ambiente propício para a sociedade voltar a buscar meios confiáveis que validem as informações das redes. “Isso aumenta ainda mais a responsabilidade da imprensa”. 

Na conversa em torno do combate a fake news, o ministro citou alguns exemplos e mencionou especificamente a volta de doenças que tinham sido controladas, mas que retornam a índices alarmantes por causa de notícias falsas sobre vacinação.

VACINA – Ele lembrou que o Ministério da Saúde lançou, também nesta quinta, uma grande campanha de multivacinação com objetivo de eliminar, controlar e prevenir doenças imunopreveníveis (que pode ser evitada ao aplicar a vacina), assim como a morbidade e mortalidade a elas associadas.

Na campanha “Vacina é Vida. Vacina é para Todos”, o objetivo é estimular a imunização de crianças e adolescentes. Para tanto, conta com Zé Gotinha, desta vez, na companhia da apresentadora Xuxa, que aderiu ao projeto de forma voluntária, sem receber cachê. Também de forma voluntária, Junno Andrade compôs o jingle e cedeu os direitos autorais da música.

PL CONTRA FAKE NEWS – Também no evento da CNN, foi mencionado o Projeto de Lei das Fake News pelo ministro Paulo Pimenta e pelo secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant, também convidado do debate. Ambos defenderam a necessidade de uma lei que previna e que busque reverter os efeitos colaterais da disseminação de mentiras.

Segundo Brant, o enfrentamento da desinformação não deve ter uma resposta única, mas um conjunto de estratégias de curto, médio e longo prazo para que as plataformas não disseminem fake news nem os cidadãos sejam afetados por elas.

“O projeto de lei é equilibrado, busca preservar e promover a liberdade de expressão. Enfrenta conteúdo ilegais e desinformação. Se determinada atividade causa risco sistêmico nela mesma, essa atividade precisa ser combatida”, afirmou Brant.

Um hotsite produzido pela Secom, o “Brasil contra fake”, lista uma série de fake news envolvendo o Governo Federal que circula nas redes e cita casos de pessoas. A plataforma objetiva contribuir para o combate à desinformação, fornecendo conteúdos oficiais acerca de políticas públicas.

Fonte: Secretaria de Comunicação da Presidência da República

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