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Rádio Roquette Pinto valoriza radialistas e técnicos que ainda fazem história no ar

Hoje é dia mundial de uma das invenções mais fascinantes da humanidade: o rádio. Companheiro fiel de todas as horas, este mágico veículo de comunicação, que leva entretenimento, cultura, esporte e informação imediata por meio de suas ondas, a ouvintes de todas as idades, também é um dos orgulhos do Governo do Estado do Rio de Janeiro, proprietário da histórica emissora Roquette-Pinto (94,1 FM). Fundada pelo cientista, intelectual e visionário Edgar Roquette Pinto, considerado o pai da radiodifusão brasileira, o xodó do mundo radiofônico acabou de completar 89 anos.

– É uma alegria termos a Roquette no ar. Fonte segura de notícias, música e prestação de serviços, o rádio em geral está presente na vida de todo mundo. Quem está feliz ouve rádio. Quem está triste ouve rádio. Há quem prefira acompanhar seu time pelo rádio. Nos momentos de crise, lá está o rádio. A Roquette tem verdadeiros mitos no comando de seus microfones e bastidores, que mesclam suas experiências com os profissionais mais novos – afirma o governador Cláudio Castro. Ele lembra que Roquette, como um grande humanista, deixou aos brasileiros seu principal legado: a força de acreditar no Brasil.

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Na Rádio Roquette, o amor está literalmente no ar todos os dias, por meio de seus locutores, operadores e técnicos. Alguns funcionários não largam jamais suas funções. É o caso de Evaldo Dutra, que tem a mesma idade da emissora e, claro, muitas histórias para contar.

– Me emociono sempre. A tecnologia nos ajuda muito nisso. Equipamentos que chegavam a pesar mais de 200 kg, hoje cabem no bolso. Me lembro sempre de uma frase de Roquette Pinto, recontada por amigos dele pelos corredores: ‘pelas ondas, o rádio é o jornal do povo’ – ressalta Dutra, que está há 26, dos seus 60 anos de profissão, na Roquette Pinto.

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O radialista Luiz Nascimento, de 64 anos, está voltando à Roquette, onde comandou os noticiários “Repórter 94” e o “Linha do Tempo”, entre 2019 e 2021, que iam ao ar a cada meia hora, e destacavam as notícias de momento. Nascimento já trabalhou também no Sistema Globo de Rádio, Rádio Tupi, Rádio Record AM, entre outras.

– Estou aflito para saudar novamente meus queridos ouvintes. Só quem vive do rádio consegue imaginar esse momento bom – comenta Nascimento, dono da voz marcante de outra rádio, a histórica Rádio Relógio Federal.

Jorge Baccarin, de 72 anos, é outro que sabe tudo do assunto e está voltado à Roquette, para a sua segunda passagem na emissora. Curiosamente, Bacca, como é conhecido, que começou a carreira limpando discos de vinil na Rádio Difusora, no interior paulista, está assumindo a cadeira que era do próprio filho, Nikolas Baccarin, de 26 anos. Nikolas estava à frente de programas na emissora, entre eles o “Almanaque” e o “Cardápio”. Na última semana, se despediu da Roquette para trilhar novos rumos.

– É emocionante, pois Nikolas cresceu me acompanhando nos estúdios de rádios desde os 4 anos de idade, começando pela Rádio Manchete – lembra Baccarin, que já trabalhou em quase todas as rádios do Rio.

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– Passar o posto para meu pai é uma forma de devolver tudo que ele me ensinou e ainda me ensina em rádio – diz Nikolas.
Jorge também é um dos que têm histórias de sobra ao longo de sua trajetória. Certa vez, ajudou a salvar uma vida.

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– Como sempre gostei de entrevistar ouvintes ao vivo, tinha gente que ligava para contar suas mágoas. Um deles chegou a dizer no ar que iria se matar. Tive que me transformar numa espécie de psicólogo. Acalmei a pessoa com um bom papo e botei uma música boa. Depois, ela me ligou, agradecendo por ter tirado a ideia ruim da cabeça – conta.

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