Maternidade do HEAL, em Niterói, é responsável por cerca de 40% dos procedimentos médicos realizados no hospital
A maternidade do Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, que realiza cerca de 350 partos mensais, e tem UTI neonatal e foco no atendimento de alto risco, vai ganhar um novo posto de identificação civil do Detran.RJ, voltado para os recém-nascidos.
A abertura será na próxima segunda-feira (21/11), às 10h. Esta será a sétima maternidade pública a contar com o serviço de emissão de carteiras de identidade para recém-nascidos no Estado do Rio.
A iniciativa do Detran.RJ de abrir postos de identificação em maternidades públicas tem como objetivo ajudar a combater um problema nacional: o subregistro civil da população brasileira. A proposta é garantir, desde os primeiros momentos, a cidadania das crianças nascidas em território fluminense. Este trabalho é desenvolvido pelo Detran.RJ em parceria com o Ministério Público, a Defensoria Pública, o Governo do Estado e prefeituras municipais.
Desde o início da atual gestão do Detran.RJ, já entraram em funcionamento postos de emissão de identidades para recém-nascidos nas maternidades Maria Amélia, no Centro do Rio, e Mariana Bulhões, em Nova Iguaçu; no Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande; no Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita; no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo; e no Hospital da Mulher Heloneida Studart (HMHS), em São João de Meriti.
“Nosso compromisso é identificar os cidadãos fluminenses logo após o nascimento. Essa parceria prioriza as unidades de grande porte, ou seja, maternidades que realizam mais de 100 partos por mês. O importante para o Detran.RJ é se aproximar cada vez mais da população e garantir cidadania e representatividade para todos os cidadãos, de todas as idades”, ressalta o presidente do Detran.RJ, Adolfo Konder.
A maternidade do Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, é responsável por cerca de 40% dos procedimentos médicos realizados na unidade como um todo. Foi inaugurada na década de 1980, logo após a transformação da unidade em hospital geral. Além dos partos, são realizados no setor procedimentos de alta complexidade, como curetagem e tratamentos de gravidez tubária, além de internação e acompanhamento de mulheres em gestação de alto risco. Do total de números de partos mensais, cerca de 40% são cesáreas.
Segundo estimativas do IBGE, cerca de 3 milhões de pessoas não tem documentos no país, ou seja, são os considerados “invisíveis”, o que causa uma série de dificuldades, como matrícula em escolas, atendimento hospitalar e recebimento de benefícios sociais. Por isso, o Detran.RJ vem trabalhando no sentido de ampliar o número de postos de identificação civil em maternidades públicas do território fluminense.
“A nossa proposta é estabelecer, cada vez mais, novas parcerias para que outras maternidades comecem também a oferecer este serviço o mais breve possível. E os pais que por algum motivo não tiverem a identidade também serão atendidos. Vamos emitir as carteiras dos responsáveis, seja a primeira ou a segunda via do RG, para contemplar toda a família”, comenta o diretor de Identificação Civil do Detran.RJ, Pedro Thompson.
DETRAN.RJ EM OUTRAS MATERNIDADES
O primeiro posto do Detran.RJ com este perfil foi inaugurado em abril deste ano na Maternidade Municipal Maria Amélia, que funciona em um terreno contíguo ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. A maternidade é uma das mais concorridas da cidade, com uma média de 350 partos por mês. Já em Campo Grande, na maternidade do Hospital Municipal Rocha Faria, o serviço de identificação civil começou no mês passado. Em média, são realizados 450 partos por mês nesta unidade obstétrica da Zona Oeste. Outro posto do Detran.RJ funciona na Mariana Bulhões, única maternidade pública de Nova Iguaçu, considerada referência em atendimentos de média e alta complexidade na Baixada Fluminense, uma região composta por 13 municípios. São realizados, por ano, cerca de 30 mil atendimentos e oito mil procedimentos.