
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, promoveu, nesta segunda-feira, 16 de junho, o evento intitulado “Prevenção a Golpes Virtuais e Outras Formas de Violência Contra a Pessoa Idosa”. O encontro, realizado no Abrigo Cristo Redentor, possibilitou o diálogo e o debate sobre os diferentes tipos de crimes contra os idosos, além da apresentação de dados referentes a essa temática e atividades lúdicas com os presentes.
Participaram da ação gestores públicos, profissionais da assistência social, autoridades de segurança pública e representantes da sociedade civil. A iniciativa reforça o compromisso do Governo do Rio em combater a violência contra as pessoas idosas, além de fortalecer a importância do trabalho integrado com todas as possibilidades existentes entre as secretariais estaduais, como as de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Polícia Civil, Polícia Militar e Juventude e Envelhecimento Saudável, presentes no evento.
O tema escolhido reflete a urgência de se falar deste tipo de crime, que só em 2024, no estado do Rio de Janeiro, foram registrados 35.734 casos de estelionato, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Além disso, Copacabana, na Zona Sul da cidade, é o bairro com maior concentração de idosos na América Latina. Os números apresentados reforçam a necessidade de debater sobre a segurança e a garantia de direitos dessa população, sobretudo no estado.
O evento contou com a presença de Aline Forasteiro, subsecretária de Promoção, Defesa e Garantia de Direitos Humanos; Loana Pessanha, superintendente de Políticas para a Pessoa Idosa; e Simone Tourino, superintendente de Proteção Social Especial. Também teve representação da Secretaria de Estado de Juventude e Envelhecimento Saudável (Seijes), pela superintendente da Pessoa Idosa, Lícia Mattesco; e Uerj, pelo Doutor Ronaldo Damião, pró-reitor de Saúde da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Palestraram sobre os tipos de violência contra a pessoa idosa o Tenente-coronel Fábio Lins Iecin, coordenador da patrulha 60+ da Polícia Militar; Mário Luiz da Silva, delegado titular da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade; e Tatiane Alves, professora titular e assessor da pró-reitoria de Saúde da Uerj.
A subsecretária Aline Forasteiro destacou a importância da integração entre as pastas e o trabalho interdisciplinar que vem sendo feito: “Que felicidade a nossa do Governo do Estado estar representado por tantos entes que têm essa pauta como prioridade. Estamos aqui reunidos com a Polícia Civil, Polícia Militar, Seijes, Uerj e representantes da SEDSODH, porque acreditamos que só dessa forma podemos combater de frente realmente a violência contra o idoso, que é uma temática grave e urgente de ser trabalhada. Precisamos trabalhar mais de forma interdisciplinar para que consigamos ser mais efetivos”.
A equipe do Programa Empoderadas, da SEDSODH, ofereceu serviços de beleza e relaxamento, com cortes de cabelo, design de sobrancelhas, maquiagem e trancista. O coral UnATI-NucEH, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, se apresentou e emocionou o público presente, que não poupou a voz para cantar junto os clássicos como “Eu Só Quero Um Xodó”, de Dominguinhos, e “Sabiá”, de Luiz Gonzaga. Além dos assistidos do Abrigo Cristo Redentor e do Centro Dia Levy Miranda, integrantes dos Centros de Referência de Assistência Social da Prefeitura de Belford Roxo participaram da iniciativa.
O encontro abordou os tipos de crimes virtuais existentes, orientações práticas sobre os golpes mais comuns sofridos por idosos, formas de denúncia e o trabalho integrado entre as secretarias estaduais. Também foi debatido sobre as diversas formas de violência – institucional, familiar, estrutural e abandono -, e o papel dos serviços de acolhimento como espaços de cuidado e garantia de direitos. No local também houve uma exposição com fotos dos idosos do Abrigo Cristo Redentor.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2024, mais de 32 milhões de brasileiros têm 60 anos ou mais. Além disso, em 2030, o número de idosos será maior do que de crianças e adolescentes no país. O delegado Mário Luiz apresentou novos indícios da urgência de tratamento da temática: 60% dos casos de violência contra idosos acontecem no ambiente familiar; e uma a cada seis pessoas nesta faixa etária (60+) em todo o mundo (15,7%) já sofreu algum tipo de violência nos espaços de convivência.
Loana Pessanha, superintendente de Políticas para a Pessoa Idosa, da SEDSODH, comentou sobre a importância do tema: “Prevenção a golpes virtuais e todos os tipos de violência traz a conscientização e o diálogo para todas as formas que somos atacados diariamente, já que cada vez mais os criminosos se qualificam e precisamos reagir usando os mecanismos e a rede que possuímos”.