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Foto/Divulgação: Julia Passos

O objetivo do colegiado é defender os empregos das indústrias de petróleo, gás e naval no Estado do Rio.

A Frente Parlamentar de Acompanhamento do Polo GasLub foi instalada, nesta quarta-feira (25/10), à noite, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Janeiro (Alerj). A reunião aconteceu no plenário do Parlamento fluminense, e o tema central do debate girou em torno dos desafios relacionados à retomada das atividades dos estaleiros nacionais, geração de emprego e renda, e arrecadação de recursos por meio do Polo GasLub, em Itaboraí.

De acordo com a coordenadora da frente parlamentar, deputada Verônica Lima (PT), o trabalho do colegiado também envolverá ações como a recuperação de obras paradas e a internalização da construção de módulos de encomendas da Petrobras já existentes. Além do resgate da Política de Conteúdo Local, com uma previsão contratual de no mínimo 40%.

“O Governo Federal anunciou a retomada dos investimentos nas indústrias de petróleo, gás e naval e o Estado do Rio tem forte vocação nessa área – aqui, serão aportados no setor mais de R$ 333 bilhões. Por isso, temos que lutar para que os investimentos signifiquem desenvolvimento e geração de emprego e renda no nosso estado. O Polo GasLub é um exemplo de como a implementação de recursos pode mudar a realidade de regiões importantes por ser uma sustentação econômica no Rio de Janeiro”, explicou Verônica.

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Carlos Takashi, comentou que o Estado do Rio concentra as indústrias de petróleo, gás e naval do país. “Mas nos últimos tempos ocorreu uma regressão drástica em relação aos empregos formais na indústria naval no Estado. Em 2014, 35,9 mil postos foram ofertados. Já em 2023, este número caiu para 13,8 mil”, pontuou.

Segundo o especialista, outro fator afetado pela crise na indústria naval nos últimos anos foi a remuneração. Em geral, o setor pagava 30% a mais do que as outras áreas. Essa diferença, hoje, não existe mais. “Um grande desafio diz respeito às condições de trabalho e de remuneração dos profissionais”, concluiu.

Para o coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Deyvid Bacelar, o tema da soberania energética brasileira deve ganhar a defesa não somente das categorias envolvidas, mas também deve ser defendido por toda a sociedade brasileira e pelos atores políticos do nosso país. “De acordo com o Dieese, nós tivemos 1,5 milhões de postos de trabalho gerados fora do país nos governos anteriores, onde todos os estaleiros do Brasil poderiam estar sendo utilizados”, explicou.

A vice-coordenadora do colegiado, deputada Zeidan (PT), ressaltou a importância de resgatar o emprego dos trabalhadores que precisaram recorrer ao trabalho informal após a crise no setor. “A nossa missão com essa frente é garantir, através das empresas de petróleo e gás, o sonho de todo o brasileiro de ter um emprego”, acrescentou.

Vão compor também a frente parlamentar os deputados Guilherme Delaroli (PL), Andrezinho Ceciliano (PT) e Célia Jordão (PL).

A reunião contou com a presença do subsecretário de Estado de Energia e Economia do Mar, Felipe Peixoto; e foi acompanhada por representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

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