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Foto/Divulgação: Thiago Lontra

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) promoveu o seminário “Plástico e Políticas Públicas: alternativas e soluções” através do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (28/09), no Plenário do Edifício Lúcio Costa, sede do Parlamento fluminense. O encontro debateu o uso do plástico e seus impactos social, econômico e no meio ambiente e a criação de um grupo de trabalho junto com a Casa Civil para a regulamentação das leis sobre essa questão.

A 2ª vice-presidente da Mesa Diretora da Alerj, deputada Tia Ju (REP), ressaltou a importância do plástico na vida das pessoas e como enfrentar o desafio da poluição plástica. Ela ainda pontuou alternativas e soluções que podem ser exploradas a partir das políticas públicas.

“Vivemos numa época em que os plásticos desempenham um papel significativo na nossa vida, desde embalagens de alimentos até componentes essenciais em muitos produtos que utilizamos diariamente. A poluição plástica é um dos desafios mais urgentes que enfrentamos em termos de proteção ambiental e sustentabilidade. Para enfrentar esse desafio, é fundamental que as políticas públicas desempenhem um papel central. Através dessas políticas podemos explorar algumas alternativas como reciclagem eficiente, redução do uso de plásticos descartáveis, incentivo à inovação, educação ambiental, cooperação internacional e economia circular”, ressaltou a deputada

Empregabilidade no setor de plástico

Durante o encontro, dados sobre empregabilidade no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro foram apresentados pelo presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro (SimpeRJ), Gladstone Santos. Os dados mostram que o Brasil é o quarto maior empregador da Indústria de Transformação de Plástico e o Estado do Rio de Janeiro emprega 12.696 pessoas.

Gladstone ressaltou a importância econômica da cadeia do plástico e como o fórum foi relevante para a troca de experiências. “Esse fórum é muito importante porque podemos juntar a indústria, sociedade civil, catadores, especialistas, Legislativo e Executivo e com isso compartilhamos experiências e conhecimentos”, disse o presidente do SimpeRJ.

Representando o Governo do Estado do Rio, a subsecretária do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Ana Asti, disse estar produzindo o novo Plano Estadual de Resíduos Sólidos e que o trabalho feito pela Alerj é de suma importância.

“Essa ação do Fórum foi super estratégica e importante por ser um tema central na política pública no Estado. Nós estamos trabalhando para regulamentar e executar programas com base nas leis que já existem aqui dentro da Alerj. A Assembleia é uma Casa que tem leis importantes há quase duas décadas sobre o tema, e estamos fazendo um novo Plano Estadual de Resíduo Sólidos incorporando a economia circular”, afirmou a subsecretária.

Impacto Social

Apresentando um panorama sobre a importância das políticas públicas para a inclusão socioeconômica de catadores de materiais recicláveis na logística reversa, a professora do Departamento de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica (PUC), Valéria Pereira Bastos, explicou que segundo o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), o Brasil contabilizou cerca de um milhão de catadores. E, desse contingente, cerca de 90% dessas pessoas ficaram impactadas com a paralisação das atividades por conta da pandemia de covid-19 no ano de 2020. E em 2021/2022 os dados apontam uma pequena recuperação da força de trabalho, mas com inúmeros prejuízos.

“É preciso estruturar este segmento e ter esperança na busca da valorização do trabalho realizado por catadores e catadoras no Brasil. O objetivo é cumprir não somente a legislação socioambiental, mas, sobretudo, dar visibilidade a esses trabalhadores. Essa cadeia é fundamental e temos que nos empenhar na questão”, pontuou a professora, que também é integrante do Fórum da Alerj pela PUC.

Economia Circular no âmbito industrial

A diretora de Economia Circular da Braskem, Fabiana Quiroga, afirmou que a Sustentabilidade sempre foi um pilar nos negócios da Brasken. Ela explicou ainda que, atualmente, o crescimento da empresa está focado em soluções renováveis e na reciclagem, para reduzir os impactos no ambiente, gerando um efeito positivo nas ações de engajamento do consumidor.

“A Braskem produz matéria prima para vários setores da indústria, em especial a do setor de plástico e essa discussão sobre Economia Circular é muito importante para todos. É um sistema econômico que visa a eliminar o desperdício e a poluição, mantendo um fluxo circular de recursos, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento sustentável, inspirado na lógica cíclica da natureza. O intuito é capturar valor dos resíduos e promover a reinserção deles na economia como novos produtos. Esse fluxo difere da economia tradicional e linear, cuja lógica está ligada à extração, produção e descarte, sem necessariamente considerar a reciclagem e a recuperação de resíduos no contexto econômico”, explicou Fabiana.

Fonte: ALERJ

 

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