FEVEREIRO LARANJA

Foto/Divulgação

Diagnóstico precoce e tratamento adequado garantem qualidade de vida e mais chances de recuperação do paciente

A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) se tornou palco das atenções no Brasil, chegando a ficar em terceiro lugar no ranking do Google das palavras em alta, depois que a influenciadora Fabiana Justus revelou ter sido diagnosticada com a doença. O anúncio da influenciadora veio no fim de janeiro, às vésperas da campanha de conscientização sobre as leucemias. Fevereiro recebe o laço laranja com a missão de levar informação para as pessoas sobre esse e tantos outros tipos da doença. São pelo menos 12 tipos de leucemia, sendo 4 deles os mais graves. Nessa lista, estão a Leucemia Mielóide Aguda (LMA), Leucemia Mielóide Crônica (LMC), Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) e a Leucemia Linfocítica Crônica (LLC).

A leucemia é uma doença maligna, de origem desconhecida, que atinge os glóbulos brancos. Ela provoca o acúmulo de células doentes na medula óssea, também conhecida como tutano, localizada nos nossos ossos e é responsável por fabricar todos os elementos do nosso sangue. De maneira geral, é identificada pelas alterações apresentadas no hemograma. Jamille Cunha, hematologista do Grupo SOnHe, explica que alguns sintomas também podem ser observados. “O sangramento do nariz e da gengiva podem ser um alerta, mas as pessoas se preocupam mesmo quando identificam uma perda de peso repentina e começam a se sentir muito cansadas”, alerta a médica.

As dores pelo corpo e o cansaço levaram a aposentada Fátima de Almeida Ricardo, de 69 anos, a procurar um médico quatro meses depois de ter feitos exames de rotina. Ao repetir o hemograma, para a surpresa dela, veio o diagnóstico de Leucemia Mieloide Aguda (LMA). “Foi terrível! O nome da doença assusta e você não espera por isso, principalmente porque não tem casos na família”, conta Fátima.

 Alexandrina Aparecida dos Santos, de 58 anos, convive há seis com a Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) e sabe exatamente o que significa receber o diagnóstico da doença. Quando descobriu a LLC, se viu obrigada a mudar de vida. “Vamos cuidar, precisamos seguir”. E assim tem sido. Alexandrina intensificou a atividade física, cortou o açúcar e trouxe ainda mais saúde para a vida. Alexandrina tem tido boas respostas do tratamento.

Lorena Bedotti. Foto/Divulgação

De maneira geral, a leucemia apresenta boas chances de recuperação quando o paciente tem o diagnóstico precoce e já inicia o tratamento adequado. Lorena Bedotti, hematologista do Grupo SOnHe, explica que os avanços dos últimos anos foram importantes para o tratamento da leucemia e vêm garantindo qualidade de vida aos pacientes. “Precisamos desmistificar a doença. A palavra leucemia assusta, mas estamos acessando tratamentos cada vez mais seguros e eficientes”, reforça a médica. Segundo ela, ainda que o tratamento venha sendo aprimorado, é fundamental reforçar que o transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH), apesar de complexo e com riscos, é o procedimento que apresenta mais chances de cura ao paciente. O TCTH é a substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável. Ele pode ser autogênico, quando as células-tronco vêm do próprio paciente ou alogênico, quando vêm de um doador. A busca tem início entre os familiares e, geralmente, irmãos apresentam 100% de compatibilidade. Quando isso não ocorre, é necessário recorrer ao REDOME, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, daí a importância da doação.

Quem pode doar e como doar?

Pessoas saudáveis, entre 18-35 anos, sem doenças infecciosas, incapacitantes, neoplasias, doenças hematológicas ou autoimunes podem se cadastrar nos bancos de sangue dos Hemocentros para serem doadores não aparentados no REDOME e, assim, ajudar esses pacientes a aumentarem suas chances de cura. Nesta etapa de cadastro há somente a coleta de uma amostra de sangue.

A doação de medula pode ocorrer de duas formas: na primeira o doador é anestesiado em centro cirúrgico e são realizadas punções no osso da bacia para retirada da medula; na segunda forma, o doador injeta um medicamento que estimula a produção de células da medula que serão então retiradas pelas veias dos braços pelo procedimento chamado aférese. Nos dois casos, a medula óssea do doador se recompõe em cerca de 15 dias. Em Campinas o cadastro da medula pode ser feito no Hemocentro da Unicamp. O telefone para informações é 0800 722 8432.

Sobre o Grupo SOnHe

O Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento integral, humanizado e multidisciplinar em importantes centros de tratamento de câncer em Campinas, como o Hospital Santa Tereza, Oncologia Vera Cruz e Hospital PUC-Campinas.  O Grupo oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado por 14 especialistas sendo três deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do grupo os oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva, Higor Mantovani, Débora Curi, Isabela Pinheiro, Amanda Negrini, Laís Feres e pelas hematologistas Lorena Bedotti e Jamille Cunha. Saiba mais: no portal www.sonhe.med.br e nas redes sociais.

Fonte: Carolina Cerqueira e Raquel Mattos 

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