FEVEREIRO LARANJA

Ilustração/Divulgação

Sociedade Brasileira Oncologia Pediátrica alerta que os sinais clássicos da doença (gânglios aumentados, manchas roxas, empalidecimento) nem sempre estão presentes 

Entre outros temas, o mês de fevereiro é marcado pela campanha de conscientização sobre a leucemia (tipo de câncer no sangue) e a importância da doação de medula óssea. No dia 15, é lembrado o Dia Internacional de Luta Contra o Câncer Infantil. Conhecida como Fevereiro Laranja, a iniciativa tem o objetivo de chamar a atenção para a doença e a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) reforça a importância do diagnóstico precoce.

As leucemias agudas representam aproximadamente 25% dos diagnósticos de câncer em menores de 15 anos, sendo considerado o câncer mais comum nessa faixa etária, segundo dados do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAACC). Os principais subtipos de leucemias na infância e adolescência são a leucemia linfóide aguda (LLA), leucemia mieloide aguda (LMA) e a leucemia mieloide crônica (LMC).
A coordenadora do Protocolo Brasileiro de LLA na Infância e membro da SOBOPE, Dra. Maria Lucia Lee, destaca que a apresentação clínica da leucemia é bastante heterogênea. “Os chamados sinais clássicos da doença (gânglios aumentados, manchas roxas, empalidecimento) nem sempre estão presentes. Por outro lado, dores articulares de caráter migratório ou claudicação de causa injustificada precisam ser encarados como um alerta. Em bebês com menos de um ano de vida, lesões de pele já podem ser consideradas manifestações da doença”. 

Ela reforça que o pediatra precisa estar atento ao histórico do paciente e a todas essas características para um diagnóstico precoce, além de dar atenção às queixas e sintomas apresentados. “Vale lembrar que se uma criança tiver um câncer, a grande possibilidade é que seja uma leucemia. Quando adequadamente tratada, a LLA (leucemia linfóide aguda) hoje tem chances de cura de cerca de 85% e a LMA (leucemia mielóide aguda) em torno de 60-70% nos países desenvolvidos”. 

“No Brasil ainda não estamos dentro dessa realidade, infelizmente. Por isso a SOBOPE dedica-se a reforçar a importância do olhar atento à doença e a participar de protocolos cooperativos que concretamente resultam na melhoria desses resultados”, finaliza a hematologista pediátrica. 

Sobre a SOBOPE

Fundada em 1981, a SOBOPE tem como objetivo disseminar o conhecimento referente ao câncer infanto-juvenil e seu tratamento para todas as regiões do País e uniformizar métodos de diagnóstico e tratamento. Atua no desenvolvimento e divulgação de protocolos terapêuticos e na representação dos oncologistas pediátricos brasileiros junto aos órgãos governamentais. Fonte: RS PRESS

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