MONITORAMENTO MARINHO 1

A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro recomenda a formação de oito redes de Monitoramento de Derramamento de Óleos em Ambientes Marinhos: Prevenção e Controle. As redes, que venceram a etapa I do edital lançado neste ano, serão coordenadas por diversas instituições sediadas no estado. Entre as quais, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Universidade Federal Fluminense (UFF), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). Cerca de 300 pesquisadores, incluindo pós-doutorandos e pós-graduandos de vários laboratórios estarão envolvidos nesta empreitada.

 

Segundo o presidente da Faperj, Jerson Lima Silva, o trabalho em rede, no qual a pesquisa se desenvolve de forma mais flexível e participativa, otimiza a resolução dos problemas enfrentados, favorecendo a criação e aplicação de conhecimentos e tecnologias para a sociedade. “Esse programa visa fomentar a formação de grupos de pesquisa especializados em desastres ambientais, organizados em redes cooperativas para que se possa enfrentar com agilidade casos como o do vazamento de óleo que, em 2019, atingiu o litoral brasileiro, vitimando animais marinhos, impregnando e contaminando arrecifes, poluindo praias e deixando sem trabalho milhares de pescadores”, disse. O programa será conduzido em parceria com a Marinha do Brasil e contará com a participação de outras iniciativas federais, como por exemplo, a chamada Pesquisa e Desenvolvimento para Enfrentamento de Derramamento de Óleo na Costa Brasileira – Programa Ciência no Mar, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) em parceria com a Marinha. 

As redes aprovadas Etapa I do edital têm como foco comum o monitoramento e a remediação de vazamento de óleo no mar. Segundo o Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), “a formação de redes de pesquisa que visem ao domínio do conhecimento científico e tecnológico, aliadas ao emprego eficiente da infraestrutura de pesquisa que se faz necessária, busca reduzir sobreposições e o provisionamento de respostas consensuais e tempestivas, na eventualidade de situações futuras de incidentes por derramamento de óleo no mar”, que acrescentou: “O modelo de gestão que permita e incentive a união de esforços, nas diferentes esferas do poder público, é o que se busca empreender, no âmbito da Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das atividades de Monitoramento e a Neutralização dos Impactos Decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e outros Poluentes na Amazônia Azul (ComTecPolÓleo), e para o qual são relevantes os projetos de formação de redes ora aprovados pela Faperj”, completou.

O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Dr. Serginho, destaca que os custos relativos a um desastre ambiental estão diretamente relacionados à capacidade do enfrentamento do Estado e as respostas de mitigação que são produzidas. “Nosso Estado produz mais de 75% do petróleo brasileiro extraído de águas profundas e ultraprofundas (pré-sal). Com este edital, o Rio de Janeiro se prepara ao formar redes e grupos de pesquisas capazes de responder aos desastres com maior precisão”, disse.

Os contemplados podem ser conhecidos no link http://www.faperj.br/downloads/Resultado-Desastres-Ambientais-2020-EtapaI.pdf.

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