Flordelis é acusada de mandar matar o marido em 2019. Foto/Divulgação: Agência Brasil
Após desembargador se julgar incompetente, defesa da família do pastor fez uma nova solicitação à justiça
O desembargador, Celso Ferreira Filho, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, decidiu na noite de ontem (5ª feira/12.ago), que não tem competência para julgar o pedido de prisão da ex-deputada federal Flordelis. O magistrado entendeu que decisão cabe à juíza de primeira instância do caso, Nearis dos Santos Carvalho Arce. O advogado que representa a família do pastor Anderson do Carmo, assassinado em 2019, informou que já encaminhou um novo pedido à magistrada.
Mais cedo, o próprio desembargador, negou um pedido de liminar para a retirada da tornozeleira eletrônica, apresentado pela defesa da ex-deputada federal, Flordelis. Para ele, “a defesa não apresentou elementos suficientes que justificassem a suspensão imediata da medida cautelar imposta à Flordelis, destacando que os argumentos apresentados pela defesa já haviam sido apreciados em outro pedido de habeas corpus que foi negado”.
A medida foi imposta pela Justiça em outubro de 2020. Um relatório da central de monitoração eletrônica da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), apontou que, em março de 2021, ocorreram oito violações na tornozeleira. Em uma das vezes, o aparelho ficou desligado por 13 horas.
MANDATO CASSADO
A ex-parlamentar teve o mandato cassado pela Câmara dos Deputados na tarde da última 4ª feira (11.ago), por 437 votos favoráveis, 7 contrários e 12 abstenções, por quebra do decoro parlamentar. Ela é acusada, ao lado de outros 10 réus, de envolvimento na morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, executado a tiros em junho de 2019, na garagem da casa da família, em Niterói (RJ).
Logo após a cassação, a defesa da família do pastor, entrou com um pedido no Tribunal de Justiça do Rio, para que Flordelis fosse presa preventivamente.
A defesa da ex-deputada solicitou um habeas-corpus para evitar a prisão. Segundo os advogados, “o pedido de prisão não pode ser feito pelo assistente de acusação, ela compareceu a todos os atos e convocações do processo e tem mais de 60 anos, podendo ser considerada idosa”. A pandemia da covid-19 e uma isquemia cerebral que sofreu em 2016, também são citadas no pedido para evitar a prisão.
Flordelis retornou na manhã desta 5ª para a casa onde mora, em Niterói, na região metropolitana do Rio. Ainda de acordo com a defesa, ela ficará reclusa e não falará com a imprensa, segue sendo monitorada permanentemente pela justiça e não corre risco de ser presa. Fonte: SBT
