ROGÉRIO BABLER

Foto: Divulgação

Segundo Rogério Babler, especialista em neuroliderança, pequenas ações de empatia e organização podem transformar o ambiente de trabalho.

Com o fim do ano se aproximando, 53% dos trabalhadores brasileiros relatam sentir níveis elevados de estresse, segundo dados recentes. Entre as causas mais citadas estão o excesso de metas a cumprir, prazos apertados e a sensação de sobrecarga mental com compromissos profissionais e pessoais.
Rogério Babler, especialista em neuroliderança, explica que o papel da liderança é essencial para ajudar as equipes a enfrentar esse período com mais equilíbrio. “Lideres não tem um botão para fazer alguém sentir bem ou mal, mas como líder podemos influenciar o ambiente. Medo é um mecanismo de proteção e sobrevivência. Quando alimentamos a cultura do medo dentro da nossa área diminui confiança, colaboração e o time evita arriscar. Na confiança as pessoas se vinculam, colaboram e aceitam correr riscos”.

“Nosso cérebro traduz as emoções como informações e isso pode fazer as pessoas se aproximarem, ou se afastarem (ou até mesmo adoecerem), dependendo de como estejam se sentindo. Os líderes mais atentos a padrões emocionais de suas equipes podem fazer algo simples, como pedir opinião sobre uma tomada de decisão, acordar metas e prazos, incentivar pausas para descontração e reconhecer esforços individuais. Essas praticas simples, porém funcionais já reduzem significativamente a pressão”, afirma.

Outro ponto destacado por Babler é a importância da comunicação aberta: “Quando os trabalhadores têm espaço para expressar seus desafios e são ouvidos de forma genuína, a confiança aumenta e o estresse diminui. Essa prática deve ser uma prioridade em momentos de alta demanda”.
Além disso, Babler recomenda que as empresas ofereçam suporte extra, como ações de desenvolvimento, workshops e team buildings, ou até prática de mindfulness. Segundo ele, o investimento em saúde mental e emocional retorna em produtividade e engajamento. “Transformar o ambiente de trabalho durante o fim de ano não exige grandes recursos, mas sim um olhar humano e estratégico, capaz de equilibrar resultados e qualidade de vida”, completa.

 

Fonte: DAIANE BOMBARDA

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