Em pouco mais de um ano o estado dobrou a sua capacidade de geração própria de energia
Nesta quinta-feira (18/08), O Rio de Janeiro se tornou um dos nove estados brasileiros a superar a marca de 500 MW de potência instalada em Geração Distribuída (GD), unindo-se a Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Bahia. Os sistemas de geração própria de energia estão presentes em 92 (100%) dos municípios fluminenses, sendo a cidade do Rio de Janeiro a de maior volume de potência instalada (106,7 MW).
O estado havia chegado à marca de 250 MW em maio de 2021 – ou seja, em pouco mais de um ano, o Rio de Janeiro dobrou sua capacidade de geração própria de energia. Os primeiros 250 MW fluminenses levaram mais de nove anos para serem concretizados.
“Há uma justificada corrida pelo sol, especialmente em energia solar. Essa tendência deve continuar nesse segundo semestre, em decorrência das mudanças na cobrança da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) para os pedidos de acesso protocolados a partir do ano que vem”, avalia Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).
A energia solar é a mais utilizada pelos prossumidores do Rio de Janeiro (produtores e consumidores de energia), com 480 MW (96%), seguida por mini e micro termelétricas (UTE), com 3%. “Nos próximos anos, ampliar a diversificação das fontes empregadas em geração distribuída será um dos desafios do setor. Precisamos aproveitar melhor as possibilidades em biomassa e resíduos sólidos urbanos”, afirma Chrispim.
No Estado fluminense, a classe de consumo residencial é a predominante, respondendo por 305,1 MW; logo atrás vem as conexões de estabelecimentos comerciais, com 156,5 MW. Destaque também para as áreas industrial e rural, com 22,1 MW e 13,8 MW, respectivamente.
Sobre a ABGD
A Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), maior associação brasileira do setor de energias renováveis, conta com mais de 1.000 empresas associadas, entre provedores de soluções, EPC’s, integradores, distribuidores, fabricantes, empresas de diferentes portes e segmentos, além de profissionais e acadêmicos, que têm em comum a atuação direta ou indireta na geração distribuída. A ABGD é a associação da geração própria de energia do Brasil.
Fundada em 2015 para defender as demandas de empresas dedicadas à microgeração e minigeração de energia elétrica a partir de fontes limpas e renováveis, a ABGD representa seus associados junto aos órgãos governamentais, entidades de classe, órgãos reguladores e agentes do setor. Mais do que isso, trabalha para a difusão da GD para os diferentes setores da sociedade, incorporando os conceitos de sustentabilidade, retorno financeiro, eficiência energética e previsibilidade de gastos no que tange à geração e consumo de energia no local de consumo ou próximo.