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Foto/Divulgação

Na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, a comemoração em São Gonçalo é pela alegria proporcionada pelo paraesporte

Na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla (de 21 a 28 de agosto), uma turminha em São Gonçalo está festejando cinco meses de um projeto que está mudando a vida deles: o paraesporte. A iniciativa, implementada em 30 municípios, faz parte do Programa Esporte Presente, do Estado do Rio de Janeiro, e funciona na Apae do bairro através de parceria. Lá, cerca de 60 pessoas com deficiência, de várias as idades, descobriram em pouco tempo como o esporte pode ser uma ferramenta transformadora na vida delas e de suas famílias.

Além de trabalhar o físico, possibilitando uma vida mais saudável e autônoma, o paraesporte proporciona uma conexão entre pessoas, facilitando a comunicação e a interação social. Ter atividades e gostos em comum com outras pessoas é um fator que facilita a socialização, como explica o professor Marcos Aurélio Nascimento de Oliveira.

– O esporte proporciona uma cadeia de benefícios: da manutenção da saúde mental, como a conquista da autoestima por sentir-se capaz de fazer tal atividade a sentir-se incluído em algo, até o desenvolvimento do intelecto e das funções motoras. Temos casos aqui de jovens com espectro autista severo que não falavam e nunca haviam praticado atividade física e hoje já começam a se comunicar através da fala – explica.

É o caso de Davy Soares Dias, de 11 anos. A mãe, Andreia Soares, conta que se surpreendeu com o avanço do desenvolvimento do menino, que demorou a aceitar o esporte, se mantendo isolado nas primeiras semanas.

– Foi aos poucos, no tempo dele e com o apoio dos professores, respeitando o tempo e as limitações de cada um. Davy passou a interagir, ganhou mais autonomia nas tarefas do dia-a-dia, evoluiu muito – conta.

Para quem observa a turma pulando, correndo, jogando bola e participando dos circuitos, fica claroo desenvolvimento que o esporte proporciona. Janete Menezes Pereira, mãe de Poliana Menezes, 24 anos, que tem Síndrome de Down, conta que essa alegria contagia também a família:

– Minha filha é outra menina. Ela ama vir, interagir, fazer parte do grupo. Aqui acompanhamos todos iniciando o projeto de um jeito e se transformando aos poucos. E vê-los felizes nos faz felizes. Só quem tem um filho com deficiência entende isso – diz.

Além da Apae de São Gonçalo, na Rua Dr. Francisco Portela, s/n, o paraesporteestá presente em núcleos em Cabo Frio, Rio de Janeiro, Campos, Búzios, Araruama, São João da Barra, Nilópolis, Três Rios, Pinheiral, Volta Redonda, Parati, Casemiro de Abreu, Barra de São João, Itaperuna, Itaguaí e Petrópolis. Para participar é preciso apresentar laudo médico identificando o grau da doença e atestado médico autorizando a prática esportiva. Mais informações podem ser obtidas no telefone (22) 99998-1849.

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