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Foto/Divulgação: Seeduc-RJ

A iniciativa teve como objetivo incentivar a prática esportiva, garantir uma educação inclusiva e possibilitar autonomia aos estudantes

Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 motivaram o Instituto Estadual Eber Teixeira de Figueiredo, em Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense, a realizar a sua Paralimpíada. Com direito a golbol, vôlei sentado e ‘queimada paralímpica inclusiva’, os alunos puderam vivenciar na prática como é participar de uma competição com modalidades esportivas adaptadas. A iniciativa teve como objetivo estimular o esporte e garantir um sistema educacional inclusivo, além de propor que os estudantes se colocassem no lugar do outro.

O projeto contemplou crianças da própria unidade escolar e dos Colégios Estaduais Padre Mello, Governador Roberto Silveira e Marcílio Dias, todos localizados no município de Bom Jesus do Itabapoana. A ação foi destinada a alunos do 6º, 7º e 9º anos do Ensino Fundamental II. Ao todo, 25 estudantes com algum tipo de transtorno ou de deficiência participaram das atividades, que foram elaboradas pela equipe diretiva da escola. E esses jovens contaram com uma torcida para lá de especial e animada, formada por mais de 200 alunos na arquibancada.  

— Essa ação foi criada com objetivo de mostrar que os nossos alunos podem praticar esporte e podem, sim, ter a vida transformada. Além, claro, de evidenciar que o Brasil é uma forte potência paralímpica. O que estamos comprovando com os excelentes resultados da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Paris — disse Marcio Silva, professor de Educação Física do Eber Teixeira de Figueiredo, que comandou a iniciativa juntamente com toda a equipe escolar.

Erika Flaviana da Silva, de 18 anos, foi uma das alunas que participaram da ação. Ela afirma que a Paralimpíada foi fundamental para promover a inclusão.

— Gostei muito de competir. Os jogos demonstram a importância de praticar esporte e mostram que, mesmo com qualquer limitação, todos nós podemos e temos capacidade de jogar, seja qual for a modalidade — disse a jovem, que ganhou medalha de ouro em três provas.

Saiba mais sobre as modalidades esportivas adaptadas

Golbol: enquanto um time devia fazer um gol sem que seus jogadores saíssem do lugar, o outro tinha que impedir a ação defendendo sentado ou deitado. Cones dividiam o espaço da quadra. O gol possuía uma corda marcando a altura máxima dos arremessos. Os competidores usavam uma bola de futebol com guizos (para ajudar na orientação). Todos ficaram vendados durante a prova.
Vôlei sentado: como no jogo tradicional, os times tinham seis praticantes e a missão de passar a bola para o outro lado da rede. A regra adicionada foi a de não se levantar do chão para fazer os arremessos.

Queimada paralímpica inclusiva: é um jogo coletivo, disputado entre duas equipes com número igual de jogadores. O objetivo é eliminar os adversários, acertando-os com a bola, sem ser atingido. O jogo começa com a bola no centro da quadra e os jogadores posicionados atrás da linha de fundo de cada metade. O jogo não faz parte das Paralimpíadas de Paris, mas foi acrescentado à ação pedagógica como forma de levar a prática que é conhecida no Brasil.
A secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto, ressalta que a ação realizada pela escola traz resultados significativos para o aprendizado do aluno.

— Esta dinâmica traz estratégias que possibilitam a criação de empatia à medida que despertam nas crianças suas principais potencialidades e de seus colegas. O mais importante desta atividade é a promoção do respeito às diferenças — disse a secretária.


Fonte: Secretaria de Estado de Educação

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