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Michele de Araújo recebeu as chaves de casa das mãos do presidente Lula - Foto/Divulgação: Ricardo Stuckert (PR)

Presidente participou da cerimônia de entrega de 222 unidades habitacionais do Residencial Angelin, empreendimento lançado ainda em 2012. Meta do programa é contratar dois milhões de unidades até o final de 2026

Com um especial agradecimento à população de Abaetetuba (PA), pelo carinho com que foi recebido neste sábado (17/6), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou da entrega de 222 unidades habitacionais do Residencial Angelin no município paraense. Lula anunciou novidades no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e mencionou a aprovação pelo Senado Federal, no último dia 13, da Medida Provisória 1.162/2023, que recriou o programa habitacional.

“O Senado acaba de aprovar a Lei para que a gente possa construir mais dois milhões (de unidades) do Minha Casa, Minha Vida e já foi inclusive publicada a Portaria”, ressaltou o presidente. “As novas casas vão ter coisas adicionadas. Os apartamentos vão ter uma sacada. O conjunto habitacional vai ter biblioteca, para que as pessoas aprendam a ler, e a metragem será um pouco maior do que os 33 metros (quadrados) que era no primeiro projeto. Agora, as casas vão ter 41 metros, no mínimo, e vamos fazer casa também para as pessoas que ganham um salário de classe média, porque as pessoas que ganham mais também têm o direito de ter uma casa para morar”, adiantou Lula.

As moradias entregues em Abaetetuba, neste sábado, beneficiarão 888 pessoas que se enquadram na Faixa 1 do MCMV e que têm renda mensal bruta de até R$ 2.640. Prestigiado por centenas de famílias, a cerimônia de entrega de unidades contou com a presença da primeira-dama, Janja Lula da Silva; do ministro das Cidades, Jader Filho; do governador do Pará, Helder Barbalho; da prefeita de Abaetetuba, Francineti Carvalho; da vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, além de outros prefeitos e parlamentares. 

Moradora de Abaetetuba, Michele Lima de Araújo recebeu as chaves de sua unidade das mãos do presidente Lula e, em nome de todas as outras famílias que receberam suas casas no Residencial Angelin, agradeceu ao apoio do Governo Federal. “Estou muito feliz pela entrega da minha casa. É um sonho. Eu esperei 12 anos pela conquista da minha casa. A nossa casa estava parada e com o Lula o projeto voltou”, disse Michele.

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SONHO DA FILHA – Nascida e criada em Abaetetuba, Rita de Cássia Cardoso tem 40 anos e é uma das moradoras agraciadas com uma unidade no Residencial Angelin. Ela trabalha com serviços gerais e atualmente está desempregada, assim como o marido, autônomo. Beneficiada pelo Bolsa Família e agora pelo Minha Casa, Minha Vida, Rita é mãe de Rianne, 9 anos.

Ela contou que sua filha há anos alimentava um sonho. “Moro num cômodo alugado muito pequeno e minha filha sempre me disse que queria um quarto. Eu sempre mantive o pensamento de que um dia eu iria realizar esse sonho. Minha satisfação, minha alegria, é enorme, principalmente quando eu fui assinar o contrato. Fiquei feliz demais quando a moça me disse que a partir dali era só aguardar as entregas das chaves”. 

“Foi uma emoção muito grande. Quando a gente sabe que uma porta se abre para você realizar um sonho com certeza você fica com o coração cheio de alegria, porque você sabe que vai ter um bem que é precioso para um ser humano e necessário, porque todo mundo precisa de uma casa para morar”, continuou Rita.

“O Minha Casa, Minha Vida, foi uma porta que se abriu para eu realizar o sonho. Agradeço ao Governo Federal, à Caixa Econômica e a todos os órgãos envolvidos. Foram muitos anos de espera, mas com o coração cheio de esperança de que um dia esse sonho poderia se realizar. No dia da vistoria eu fui com a minha filha. Foi muita alegria de encher a alma. Uma criança fala tudo do coração e eu senti dela a alegria”, lembrou a nova moradora do Residencial Angelin.
Rita de Cássia e Rianne vistoriaram a casa própria – Foto/Divulgação: arquivo pessoal

REGIÃO NORTE – No estado do Pará, foram autorizadas pelo Ministério das Cidades em 2023 a retomada de 1.048 moradias, sendo 1.008 no Residencial Viver Outeiro, em Belém, e 40 no Residencial Sonho Meu, em Barcarena, e 300 unidades no Residencial Cidade Verde em Cacoal (RO). 

Já na região Norte, está prevista a entrega de 1.494 unidades habitacionais nos próximos 90 dias: mil unidades no Residencial Miracema – Módulo III e IV em Macapá (AP) e 272 unidades no Residencial Porto Belo 1, em Porto Velho (RO).

“Quando chegamos ao ministério nós encontramos 186 mil unidades habitacionais contratadas. Dessas, 83 mil estavam paralisadas. Este condomínio aqui foi contratado pela presidenta Dilma em 2012. Tem dez anos que este condomínio não havia sido entregue. Essa obra estava parada”, lembrou o ministro Jader Filho, referindo-se ao Residencial Angelin. 

“Nós temos que retomar todas as obras. As pessoas que moram de aluguel têm pressa. As pessoas que moram em situação de rua têm pressa. As pessoas que moram em área de risco têm pressa e nós não podemos deixar nenhuma obra paralisada. Vamos contratar, só no ano de 2023, 230 mil unidades habitacionais neste país”, adiantou o ministro das Cidades. 

Para o governador Helder Barbalho, a importância do MCMV vai além da questão de habitação. “Temos um déficit habitacional muito grande e acumulado, porque ao longo dos últimos anos, lamentavelmente, o programa Minha Casa, Minha Vida não aconteceu. O programa mais importante de resgate da cidadania, da inclusão a partir da moradia digna. O Minha Casa, Minha Vida também tem o papel de estimular a construção civil, a geração de emprego e renda, estimular o comércio, fundamental para gerar renda nas cidades, e movimentar a economia e desenvolver as localidades”, destacou. 

Já a prefeita de Abaetetuba, Francineti Carvalho, lembrou que a visita do presidente Lula marca um momento histórico para a cidade. “Pela primeira vez na história de Abaetetuba nós temos um presidente eleito no nosso município. O Minha Casa, Minha Vida beneficia a cidade. Ele gera renda, ele gera emprego, ele movimenta a construção civil. É um programa que empodera mulheres. As mulheres, na sua maioria, são chefes de família. Garantir a casa própria para uma família é transformar a vida das pessoas, é dar dignidade”. 

RETOMADA – O MCMV foi retomado pelo Governo Federal em fevereiro de 2023. O maior programa de habitação do Brasil tem como meta contratar dois milhões de novas unidades até 2026. Desde a retomada, o Ministério das Cidades já entregou 8.816 moradias em todo o país. 

Uma das novidades do MCMV é o retorno da Faixa 1, que passa a atender famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640. Anteriormente, a renda limite para a Faixa 1 era de R$ 1.800. Além disso, o programa vai facilitar a compra da casa própria para famílias com renda mensal de até R$ 8 mil na zona urbana e de até R$ 96 mil anual nas áreas rurais. A atualização dos valores poderá ser feita pelo Ministério das Cidades.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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