MERCADORIAS PIRATAS

Um levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio (IFec RJ) mostrou que aproximadamente 26% da população adulta do estado comprou algum produto pirata no ano de 2019, o equivalente a 3,3 milhões de pessoas. O Instituto Fecomércio RJ estima que as perdas econômicas para o estado do Rio de Janeiro tenham atingido aproximadamente R$ 822 milhões. Segundo o estudo realizado em dezembro, o gasto médio foi de R$ 56 por compra.

As roupas falsificadas figuram o topo do ranking dos itens mais consumidos de forma ilegal, com 37,8%. Em segundo e quarto lugares está a pirataria eletrônica, com o download pela internet: de filmes (25,5%) e música (22,4%), respectivamente. Em seguida foram mencionados óculos (24,5%), equipamentos eletrônicos (20,4%), calçados/bolsas (17,3%), brinquedos (17,3%), relógios (16,3%), programas de computador (13,3%), TV por assinatura (11,2%), cigarros (10,2%), perfumes (9,2%) e artigos esportivos (7,1%). O principal motivo apontado por 84,7% dos consumidores para optar por produtos piratas nos últimos 12 meses foi o preço mais baixo. O fato desses produtos serem mais fáceis de se encontrar, foi mencionado por 36,7% dos entrevistados. Em seguida, os motivos apresentados foram: alguns produtos podem ser “descartáveis” por isso não importa tanto a qualidade (23,5%), o produto falsificado está disponível antes do produto original (11,2%) e por questão de “status” (10,2%). Entre os que consumiram produtos piratas nos últimos 12 meses, 61,2% afirmaram já ter se arrependido da compra por causa da baixa qualidade (68,3%), falta de garantia (38,3%) e não poder trocar produto (26,7%). Ainda assim, 73,4% dos entrevistados que disseram não ter comprado produto pirata em 2019, afirmaram já ter comprado artigos falsificados em algum momento da vida. Para 52% da população, os produtos originais são mais caros devido aos impostos elevados. As melhores soluções para combater a pirataria seriam reduzir a carga tributária (62%), emprego (49,2%), maior educação (38,6%) e conscientizar a população sobre os prejuízos causados pelo consumo desses produtos (37%). A pesquisa ainda mostra que 96,2% dos entrevistados sabem que a pirataria é crime, e para 60,6% dos fluminenses, a compra de produtos piratas prejudica a economia do estado do Rio de Janeiro, oferecendo, para 61,2% dos consultados, uma concorrência desleal ao comércio formal. Cerca de 62,6% dos fluminenses acreditam que deveriam ter mais campanhas de combate à pirataria. Desse percentual, 61,7% acham que campanhas educativas poderiam sensibilizar e informar melhor a população sobre os riscos à saúde e o prejuízo à economia. “Os produtos que não são taxados na sua produção, importação ou comercialização, acabam prejudicando a arrecadação e promovendo uma concorrência desleal ao comércio formal, contribuindo para o desemprego e o aumento da criminalidade”, alerta os especialistas. Fonte: IFEC/RJ

 

 

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