O Brasil alcançou, no segundo trimestre de 2024, um marco histórico no mercado de emprego. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a força de trabalho atingiu 109,4 milhões de pessoas, enquanto a população ocupada chegou a 101,8 milhões. Estes são os maiores números já registrados desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), que começou em 2012. O crescimento em comparação ao mesmo período de 2023 foi de 1,7% para a força de trabalho e de 3,0% para a população ocupada.
A geração de empregos formais também seguiu a tendência de alta. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) registrou a criação de 1,7 milhão de novas vagas com carteira assinada, um aumento de 3,8%. O crescimento fortalece o setor formal do mercado de trabalho, crucial para a proteção dos direitos e para o aumento da renda média.
Os dados do Ipea também apontam que a taxa de desocupação caiu para 6,9%, o menor nível desde 2014. Essa redução foi acompanhada por uma queda de 1,5 ponto percentual no desemprego de longo prazo e uma ligeira diminuição no desalento, que recuou 0,4 ponto. Os números confirmam a recuperação gradual do mercado de trabalho no governo Lula, após anos de instabilidade sob os comandos de Temer e Bolsonaro.
O boletim destaca ainda o aumento da renda média do trabalhador, que atingiu R$ 3.214, um crescimento de 5,8% no segundo trimestre de 2024, em relação ao mesmo período de 2023. A massa salarial real, por sua vez, registrou uma expressiva elevação de 9,2%, somando R$ 322,6 bilhões no período. Isso significa um acréscimo de R$ 27 bilhões em comparação ao primeiro trimestre do ano passado, consolidando a melhoria no poder de compra das famílias.
Os setores de transporte, informática e serviços pessoais foram os principais responsáveis por impulsionar essa recuperação. No entanto, o Ipea alerta que a agropecuária vem registrando quedas consecutivas no número de trabalhadores ocupados, o que pode sinalizar problemas que precisam ser olhados com atenção.
O relatório também aponta desafios persistentes, como a estabilidade da subocupação e da participação da força de trabalho, além de um alto número de inativos (66,7 milhões), incluindo 3,2 milhões que desistiram de procurar emprego devido ao desalento. “É crucial entender por que o número de inativos permanece elevado”, afirma o documento, apontando que políticas públicas precisam ser mais eficazes para atrair essa parcela da população.
Além disso, as desigualdades persistem. Mesmo com a queda no desemprego, diferenças regionais, de gênero, raça, idade e escolaridade continuam a afetar a distribuição de oportunidades e rendimentos. Trata-se de um efeito prolongado da precarização promovida pela reforma trabalhista e aprofundada com Bolsonaro e o ministro-banqueiro Paulo Guedes, aquele que sugeriu dar restos de comida de restaurantes à população de baixa renda como medida de combate à fome.
Apesar dos contratempos que subsistem, o marco histórico de 101,8 milhões de brasileiros empregados confirma que o país está no caminho certo para promover um mercado de trabalho mais amplo e inclusivo. Os resultados representam um novo patamar de estabilidade e crescimento para a população, trazendo esperanças de um futuro com mais oportunidades e maior bem-estar para os trabalhadores. Esse é o Brasil que queremos. Esse é o Brasil de Lula.
Fonte: Ascom/PT