Teste de água com reagente

Teste de água com reagente. Foto/Divulgação

Projeto piloto pela conscientização foi realizado em Laranjeiras, em ponto em que passa o Rio Carioca

Aprender na prática como é cuidar do meio ambiente. Essa foi a experiência de alunos do 8º ano da Escola Municipal José de Alencar, em Laranjeiras, na Zona Sul da capital, que participaram de uma simulação de fiscalização da Águas do Rio contra o despejo irregular no Rio Carioca e, agora, compreendem melhor como o mau uso de uma rede de esgoto pode impactar a natureza. A iniciativa faz parte de uma série de ações de despoluição do curso d´água, que inclui atividades do programa de educação ambiental da concessionária, o Saúde Nota 10, em parceria com o projeto “Esse Rio é Meu”.

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Vestido com capacete e colete da concessionária, assim como os demais colegas, Marcelo Santana, de 13 anos, elogiou a experiência: “Achei muito legal e inovador, porque é muito difícil escutarmos alguém falando desses assuntos. Às vezes não sabemos a importância desses trabalhos que vimos. Falam sempre em jogar lixo no lixo, mas não é só isso. É diferente ver fora da sala, não é só imagem, nós vimos como realmente as coisas funcionam”, disse.

Uma das incentivadoras da ação é a professora Yasmim Mello, que tem formação em saneamento básico. “A atividade de campo é sempre muito importante porque ela é complementar ao que ensinamos em sala. Eles viram na prática como se dá a questão do nosso saneamento e dimensão de uma operação, além de tudo que está envolvido por trás das questões de água e esgotamento sanitário. Os alunos demonstraram interesse, até mesmo na questão da formação dos técnicos e como desenvolver nas profissões”, contou a professora.

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Na rua José de Alencar, os jovens de 13 e 14 anos puderam ver de perto as diferentes etapas de uma ação de fiscalização. Primeiro acompanharam a fiscalização por vídeo, com a inserção de uma câmera dentro da rede de esgoto para identificar possíveis danos na tubulação, como fissuras, fazendo uma espécie de ‘endoscopia’ da rede. Em seguida, foi realizado um teste com corante. O técnico da concessionária derrama o líquido em um ponto e, em outro, é possível verificar a passagem da água com coloração diferente. Utilizando um reagente em pó, um pequeno vazamento na rua foi analisado e indicou a presença de cloro, tendo como diagnóstico se tratar de água potável. Para finalizar, os alunos puderam ver uma rede de água pluvial.

A ação foi pensada para a conscientização dos jovens e mostra o que a Águas do Rio está fazendo pelo Rio Carioca e a necessidade do apoio de todos.

“A escola é um ambiente de formação, ideal para despertar a conscientização dos jovens para a importância do saneamento e os cuidados com as redes de água e esgoto. E quando esse aprendizado é aliado à prática gera tanto o entendimento quanto o engajamento são maiores. Eles serão multiplicadores dessas mensagens. Por isso, nossa proposta é ampliar esse projeto para outras escolas”, explicou Marcella Gonçalves, integrante do setor de Responsabilidade Social da Águas do Rio na capital.

Rio Carioca

Conhecido como um dos rios mais emblemáticos, por ser o primeiro a abastecer a cidade, o Rio Carioca passa pelos bairros de Santa Teresa, Cosme Velho, Laranjeiras e Flamengo até desaguar na Baía de Guanabara. 

Desde maio, a Águas do Rio adotou uma solução para desviar o percurso do rio para o Interceptor Oceânico, que é um grande eixo de coleta de esgoto doméstico, na zona sul da capital, e assim garantir que o esgoto despejado de forma indevida seja direcionado para tratamento no Emissário Submarino. 

Paralelamente, a concessionária tem realizado a fiscalização de ligações irregulares de esgoto nas galerias de água pluvial, que desaguam no Rio Carioca. Com essa intervenção, em torno de 300 litros de esgoto por segundo deixam de ser lançados in natura na praia do Flamengo.

O desvio do Rio Carioca é provisório até a universalização dos sistemas de esgoto, prevista para 2033, para que todo efluente seja coletado e tratado e não vá mais sem tratamento para a Baía de Guanabara.

 

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