002.COI.Satelite

Satelite. Foto/Divulgação/Águas do Rio

Obras, avanços tecnológicos e ações estratégicas no saneamento básico garantem mais saúde e bem-estar no Estado do Rio

O aposentado Antônio Carlos Correia, mais conhecido em Belford Roxo como Seu Totonho, viu a vida mudar desde que passou a ter água potável e tratada de forma contínua em casa. Ele é uma das 621 mil pessoas que, desde novembro de 2021, quando a Águas do Rio assumiu a concessão dos serviços de saneamento em 27 cidades fluminenses, passaram a contar regularmente com esse recurso essencial.

Aos 70 anos, o morador da Baixada Fluminense lembra das dificuldades antes das obras de melhoria no abastecimento da região pela Águas do Rio. “Depois de uma espera de 30 anos, finalmente tenho água encanada. Antigamente, era um sofrimento usar a água de poço. A gente poderia até ficar doente, né? Agora não, temos certeza de que a água tem qualidade”, afirma Seu Totonho, que vive no bairro Areia Branca.

Seu Totonho. Foto/Divulgação/Águas do Rio

Neste Dia Mundial da Água, celebrado no sábado, 22 de março, histórias como a dele simbolizam a importância do acesso à água potável e o impacto direto do saneamento na vida das pessoas. A data, instituída pela ONU, reforça a necessidade de investimentos e ações para garantir esse direito essencial a todos.

Dignidade e bem-estar em pauta

Desde novembro de 2021, quando iniciou sua atuação, a Águas do Rio já implantou mais de 1,4 mil quilômetros de novas redes de água e 175 quilômetros de redes de esgoto. Todo esse trabalho vai muito além da infraestrutura. Ele se reflete diretamente na saúde pública e na qualidade de vida da população. 

“Em pouco mais de três anos, investimos R$ 4 bilhões em saneamento, e isso não é apenas sobre tubulações e estações de tratamento; é sobre transformar realidades. Para as cerca de 10 milhões de pessoas que atendemos, cada torneira que se abre com água de qualidade significa mais saúde, dignidade e a chance de viver com mais segurança. Esse é o nosso propósito”, afirmou Anselmo Leal, presidente da Águas do Rio.

A preocupação de Leal ganha força após a divulgação do estudo mais recente do Trata Brasil. Divulgado pelo instituto nesta semana, o documento revela que a falta de saneamento básico causou 344 mil internações em todo o país, em 2023, além de 11.544 óbitos por doenças relacionadas ao saneamento inadequado em 2022. Crianças de 0 a 4 anos e idosos representam 43,5% das internações. O levantamento aponta que, com a chegada do saneamento, a taxa de internações pode cair 69,1% após três anos das intervenções. Em tempo: diarreias, hepatite A, febre tifoide, malária e febre amarela são algumas das doenças comuns em áreas sem saneamento.

Válvula encaixada na tubulação. Foto/Divulgação/Águas do Rio

Transformação em São Gonçalo e na Baixada

As obras da concessionária estão transformando a Região Metropolitana do Rio, beneficiando milhares de moradores e ajudando a recuperar a Baía de Guanabara. Em São Gonçalo, o novo sistema de Coleta em Tempo Seco evitará que 12 milhões de litros diários de água contaminada com esgoto cheguem aos rios e deságuem na baía. 

Na Baixada, os avanços no saneamento em Japeri e Queimados vão retirar mais de 51 milhões de litros de esgoto por dia da Bacia do Guandu. Isso significa melhorias diretas para 270 mil pessoas e impactos positivos para outros 9 milhões de fluminenses que dependem daquele sistema.

Instalação de válvula em Nova Iguaçu. Foto/Divulgação/Águas do Rio

Perdas, um grande desafio

Além de expandir a infraestrutura, a Águas do Rio enfrenta um dos maiores desafios do setor: reduzir as perdas de água. Quando assumiu a concessão, o índice era de 65%, e a meta é baixar para 25% em dez anos. Para isso, investe em tecnologia de ponta, como satélites que detectam vazamentos ocultos no subsolo do Rio — o mesmo modelo usado para encontrar água em Marte. As imagens são analisadas no Centro de Operações Integradas (COI) e repassadas às equipes de campo para os reparos.

Outra inovação é a instalação de 266 válvulas inteligentes, que ajustam automaticamente a pressão da rede, prevenindo rompimentos e desperdícios. Hoje, as perdas chegam a 19 bilhões de litros por mês — volume suficiente para abastecer 4 milhões de pessoas, o equivalente a um milhão de residências.

Fonte: Bianca Carvalho, Livia Andrade e Cláudia Freitas 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *