Desafiando os estigmas sociais, como Marie Curie e a brasileira Nise da Silveira se consolidaram em um universo majoritariamente masculino?
Você já parou para contar quantas mulheres cientistas você estudou na escola? Assim como grande parte das áreas de trabalho, a ciência ainda é um ambiente estritamente associado ao universo masculino. No entanto, mulheres travam há anos a intensa batalha de adentrarem e garantirem o seu espaço de direto no mundo científico.
Da Grécia Antiga até os dias atuais, a discrepância do gênero predominante nas áreas de pesquisa ainda é considerável. Inspiradas pela ambição de conhecer o mundo e entender suas variáveis, personalidades femininas se destacaram ao quebrar o estigma social sobre o papel da mulher na ciência e na sociedade.
A contribuição de mulheres para o campo científico tem auxiliado o desenvolvimento da sociedade em diversos aspectos há muitos anos. No entanto, muitas vezes, os nomes e as histórias dessas cientistas são apagados ou ocultados da história. Por esse motivo, o Passei Direto, maior rede de estudos da América Latina e uma marca do UOL EdTech, escolheu cinco mulheres para destacar a importância dessas figuras na evolução da humanidade, celebrando o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência.
Hipátia de Alexandria ( – 415 d.C.)
Nascida no século IV, no Egito, Hepátia foi aluna de uma escola neoplatônica em Atenas, na Grécia, onde desenvolveu estudos sobre a aritmética de Diofanto de Alexandria, conhecido como o pai da álgebra. Ao retornar para o Egito, tornou-se professora de matemática e geografia na Academia de Alexandria, e mais tarde foi promovida a diretora.
Considerada a primeira mulher matemática da história em uma época em que as mulheres ainda não haviam conquistado diretos civis, Hepátia foi responsável por construir um astrolábio (instrumento naval), um hidrômetro e um higroscópio (material que absorve a água). Infelizmente, a vida inspiradora de Hepátia foi interrompida por conta do seu ímpeto pelo conhecimento. A jovem foi assassinada por defender o racionalismo científico grego.
Quer saber mais sobre a história de Hepátia? Acesse o Passei Direto.
Ada Lovelace (1815 – 1852)
No dia 10 de dezembro de 1815, em Londres, na Inglaterra, nascia a matemática e escritora Augusta Ada Byron King. Conhecida como Ada Lovelace, a filha do Lord Byron, se tornou amiga do matemático britânico Charles Babbage, cooperando com ele em seu trabalho de construção de uma Máquina Analítica, uma ferramenta que poderia realizar cálculos utilizando determinadas funções.
Aos 28 anos, Ada traduziu um manuscrito de um jovem matemático e engenheiro italiano escrito em francês sobre uma palestra dada por ele na Universidade de Turim. Em suas notas, a inglesa discorreu sobre como a Máquina Analítica poderia ser utilizada para alavancar o progresso da sociedade e escreveu um algoritmo para que a máquina pudesse computar a Sequência de Bernoulli. Posteriormente, o algoritmo escrito por Ada seria reconhecido como o primeiro programa de computador da história.
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Marie Curie (1867 – 1934)
A polonesa Marie Sktodowska Curie é reconhecida como pioneira em diversos aspectos da sua vida profissional. Pela descoberta dos elementos químicos rádio e polônio, ela foi a primeira mulher a receber um Nobel. Além disso, também foi a única a ser laureada com o prêmio por duas vezes em áreas distintas.
Apesar de ter concluído os estudos aos 15 anos sendo destaque da turma, Marie não conseguiu entrar no ensino superior na sua cidade natal, já que a Universidade de Varsóvia não aceitava mulheres. Em 1891, a polonesa conseguiu se mudar para Paris, ingressou na Universidade de Sorbonne, onde adquiriu seu diploma de Física em 1893 e o de Matemática em 1894.
Marie foi responsável pela criação do termo radioatividade ao concluir que a radiação emanava de dentro do átomo. Na Primeira Guerra Mundial, a cientista desempenhou um papel crucial, onde utilizou o raio-X para auxiliar no tratamento de soldados feridos em combate. A tecnologia é utilizada até os dias atuais.
O Passei Direto traz mais conteúdos sobre a história de Marie Curie.
Nise da Silveira (1905 – 1999)
Nascida em Maceió, no estado do Alagoas, em 1905, a brasileira Nise Magalhães da Silveira ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia com apenas 16 anos e se graduou em 1926 em uma turma de 157 pessoas, sendo a única representante feminina.
Ainda jovem, Nise estagiou na clínica do médico neurologista Antônio Austregéliso e teve a oportunidade de mergulhar no mundo da psiquiatria. Em 1933, integrou o Serviço de Assistência a Psicopatas e Profilaxia Mental do Hospício Nacional de Alienados, onde começou a se incomodar com a forma como os pacientes eram tratados.
A atuação de Nise no campo psiquiátrico foi marcada pela oposição e combate às práticas tradicionais da psiquiatria da época, como camisa de força, lobotomia, eletroconvulsoterapia, confinamento e insulinoterapia. Nise propunha tratamentos alternativos e humanizados para garantir a recuperação dos pacientes e foi transferida para trabalhar com terapia ocupacional. A médica ficou conhecida por utilizar a arte como método de remissão dos internos.
No Passei Direto é possível conhecer mais sobre a história de Nise da Silveira.
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Fonte: Maju Scheibner, Mariana Calheiros, Gabrielle Alvares e Deborah Slobodticov – XCOM Agência de Comunicação UOL EdTech