Infectologista da Afya, Raíssa de Moraes, recomenda: “Os sintomas podem ser parecidos, por isso, é importante uma avaliação médica”
O Brasil registrou em janeiro 243.721 casos prováveis de Dengue, segundo o Painel de Monitoramento de Casos de Arboviroses do Ministério da Saúde, atualizado na última quarta-feira (31). A doença infecciosa febril aguda sistêmica é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, vetor também de outros vírus como a Chikungunya e Zika. Os sintomas dessas enfermidades podem se confundir e dificultar o diagnóstico.
A Dengue é caracterizada pela febre alta e persistente acima de 38ºC, náuseas, vômitos, cefaléia, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas no corpo. Contudo, existem quadros leves da doença que não apresentam todos os sintomas. “O tratamento, tanto para a Dengue, como para Zika e Chikungunya é sintomático, ou seja, utilizam medicamentos que aliviam os sintomas e alguns remédios precisam ser evitados caso exista a suspeita das doenças, sendo eles ácido acetilsalicílico (AAS), anti-inflamatórios e corticoides”, orienta a Dra. Raíssa de Moraes, médica infectologista da Afya.
A infecção pelo vírus da Zika se manifesta pela dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Geralmente, a doença não evolui para casos graves, diferentemente da Dengue, que pode chegar a casos como a Dengue hemorrágica. O risco pela Zika se dá especificamente para mulheres gestantes, que podem desenvolver a Síndrome Congênita associada à infecção pelo vírus, que causam um conjunto de anomalias congênitas em embriões ou fetos expostos à enfermidade durante a gestação.
Dores intensas nas articulações, como dedos, tornozelos e pulsos são os principais sintomas da infecção por Chikungunya. A doença apresenta, ainda, dor de cabeça, dor nas costas, coceira na pele e febre leve. A enfermidade pode evoluir para a forma crônica, quando os sintomas persistem por mais de 90 dias após o início dos sintomas. Em mais de 50% dos casos, a dor nas articulações torna-se crônica, podendo persistir por anos.
Em todas as três doenças, o diagnóstico depende de uma avaliação clínica cuidadosa e do resultado de alguns exames laboratoriais. Por isso, é importante buscar avaliação médica. De acordo com a médica infectologista da Afya, Dra. Raíssa de Moraes, a melhor forma de diferenciar as três doenças é prestar atenção em sintomas predominantes. “Na Dengue, a febre alta é predominante, enquanto na Zika pode ocorrer coceira pelo corpo. Já na Chikungunya as dores nas articulações são o principal sinal. É importante ficar atento pois os sintomas podem ser parecidos e no caso da Dengue, pode evoluir para casos graves, então é importante buscar avaliação médica”, explica.
Vacina contra a Dengue: um novo aliado no combate à doença
O Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer este mês a vacina contra a Dengue, Qdenga, imunizante desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma, aprovado pela Anvisa. “Ela se mostrou eficaz e segura para os quatro sorotipos da doença e pode ser aplicada em pessoas entre 4 e 60 anos. Neste primeiro momento, o SUS irá oferecer apenas para crianças de 10 a 14 anos, que são o público com maior risco de internação e agravamento” explica a Dra. Raíssa de Moraes.
A vacina contém vírus vivos atenuados da Dengue. Por isso, ela induz respostas imunológicas e pode ser utilizada por quem já se infectou pela doença anteriormente de forma segura. Contudo, não podem ser imunizados quem possui alergia a algum dos componentes, quem tenha o sistema imunológico comprometido ou alguma condição imunossupressora, gestantes e lactantes.
SOBRE A AFYA
A Afya tem como propósito transformar a saúde junto com quem tem a medicina como vocação. Líder de educação e soluções digitais médicas, o grupo reúne 32 Instituições de Ensino Superior espalhadas pelas cinco regiões do Brasil, sendo que 30 delas oferecem cursos de medicina e 15 unidades promovem pós-graduação e educação continuada nas áreas médicas e de saúde. Ao todo, são 3.163 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC).
Há mais de 20 anos formando médicos em cidades de pequeno e médio porte pelo país, a Afya é a única empresa que se relaciona com o médico em todas as etapas da carreira. O grupo é pioneiro na adoção de práticas digitais voltadas para a aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina. Um em cada 3 médicos e estudantes de medicina do país utiliza pelo menos uma solução digital do portfólio que inclui Afya Whitebook, Afya iClinic, Afya Papers, entre outras.
A Afya foi a primeira empresa de educação médica do mundo a abrir capital na Nasdaq, em 2019. Recentemente, a companhia recebeu relevantes prêmios do jornal Valor Econômico. Foi reconhecida no “Valor Inovação” (2023) como empresa de educação mais inovadora do Brasil, e no “Valor 1000” (2023), como melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi ainda reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023).
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Fonte: Barbara Bitenccourt